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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Indenizações para desabrigados de Fukushima podem atingir US$ 80 bi

O governo do Japão finaliza um plano de contrair um empréstimo adicional de 3 trilhões de ienes (US$ 30 bilhões) para pagar compensações a pessoas removidas em Fukushima e limpar a área ao redor da usina nuclear atingida por um terremoto...

O governo do Japão finaliza um plano de contrair um empréstimo adicional de 3 trilhões de ienes (US$ 30 bilhões) para pagar compensações a pessoas removidas em Fukushima e limpar a área ao redor da usina nuclear atingida por um terremoto seguido de tsunami em 2011, disseram pessoas próximas ao assunto.

Segundo a Reuters, o empréstimo adicional marcaria um reconhecimento tanto da escalada dos custos do projeto como da dificuldade de se chegar às metas iniciais para reduzir os níveis de radiação nas cidades e vilas mais gravemente atingidas pelo vazamento decorrente do pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl.
O novo programa de empréstimo do governo aumentaria o montante empregado em gastos relacionados a Fukushima de US$ 50 bilhões para um equivalente a US$ 80 bilhões, de acordo com autoridades do governo com conhecimento do plano em fase de desenvolvimento.
O montante exclui o custo de desativação dos seis reatores de Fukushima, um processo que se espera levar 30 anos ou mais.

Denúncia de funcionários
Na semana passada, a agência Associated Press divulgou reportagem com funcionários dizendo que as toneladas de água radioativa vazaram de um tanque de armazenamento da usina nuclear de Fukushima porque os recipientes foram feitos às pressas.
Yoshitatsu Uechi, um mecânico de automóveis que foi um motorista de ônibus turístico por um tempo, e seus colegas estavam sob tanta pressão para construir os tanques rapidamente que eles não esperavam que o clima estivesse seco o suficiente para aplicar o revestimento anti-ferrugem sobre os parafusos e sobre as juntas, como deveriam.,
Eles faziam o trabalho mesmo na chuva ou na neve. Às vezes, a fundação de concreto que eles faziam para os tanques ficava bamba. Outras vezes, os funcionários viam os tanques serem usados para armazenar água antes mesmo de serem finalizados.
“Devo dizer que nosso trabalho de montagem dos tanques foi um trabalho desleixado. Tenho certeza de que é por isso que os tanques já estão vazando”, disse Uechi, de 48 anos. “Eu me sinto nervoso toda vez que um terremoto faz tremer essa área”.

Grandes vazamentos
O problema com os tanques começou a chamar a atenção internacional, especialmente desde agosto, quando um tanque com capacidade de mil toneladas perdeu quase um terço de seu conteúdo tóxico. Um mês depois, a Tepco anunciou que grandes quantidades de água subterrânea contaminada estavam vazando para o Pacífico.

A Tepco continuará tendo que armazenar água por anos, até que a usina possa criar um sistema de refrigeração de ar para os reatores danificados, ou remover o combustível fundido de dentro deles, e desenvolver unidades avançadas que possam remover material radioativo da água e torna-la segura para ser liberada.
A fabricante dos tanques, TKK Co. disse que a montagem dos tanques é “como fazer um modelo de plástico” e determina a qualidade dos reservatórios. A empresa disse que os tanques são “uma providência temporária e emergencial para prevenir uma crise”.

Limpeza polêmica
O complexo foi afetado criticamente em 2011 após um terremoto e tsunami, que devastaram parte da costa do país asiático. Ainda este mês, a Tepco deve iniciar a retirada de 1.331 elementos combustíveis que já haviam sofrido irradiação (passaram pelo núcleo do reator e participaram do processo de geração de energia) e outros 204 novos que não foram usados que estão no interior de piscinas do reator 4.
A retirada desses elementos é uma etapa importante. São tubos revestidos de zircônio contendo em seu interior pastilhas de urânio. Essas barras precisam ficar armazenadas, separadamente, em piscinas cheias de água para que diminuam os níveis radioativos desses elementos e, consequentemente, reduzam sua temperatura.
O procedimento faz parte de um processo de limpeza que pode levar até 40 anos, mas um texto do americano Harvey Wasserman que circula na internet, e que já tem versão adaptada para o português, tem causado preocupação, pois afirma que a operação representa um risco mundial.

Segundo o autor, a operação poderia causar a contaminação do mar e do ar caso a manipulação dos materiais contaminados em Fukushima não seja feita da maneira correta, provocando, inclusive, uma reação descontrolada de fissão nuclear, com risco de explosão.
Especialistas, no entanto, minimizam os riscos da operação e afirmam que, apesar de difícil, é necessária para que os níveis de radiação baixem naquela região. O acidente forçou o deslocamento de milhares de pessoas que viviam em torno da usina e afetou a pesca, a agricultura e a pecuária locais.
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