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Sábado, 29 de junho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

G8 discute adoção de metas para limitar aquecimento global

O G8 (grupo dos sete países mais desenvolvidos e a Rússia) discute nesta quarta-feira (8), em encontro realizado em L'Aquila, na Itália, a adoção de um compromisso para impedir um aumento maior que 2ºC na temperatura média global, como forma de mitigar o aquecimento global.


Em momentos anteriores, Estados Unidos, Japão, Canadá e Rússia --metade do grupo-- se recusaram a aceitar esse tipo de medida. A Casa Branca se recusou a comentar se assinou um acordo que cita a contenção da temperatura. A adoção desse tipo de medida representaria uma mudança abrupta de posição do governo norte-americano --o presidente George W. Bush (2001-2009) refutou repetidamente esse tipo de medida, que tem o apoio da União Europeia e alguns países em desenvolvimento.

Jose Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia --braço executivo da União Europeia-- afirmou esperar que os líderes se comprometessem com tentativa de limitar o aumento da temperatura global.

"Nós ainda não estamos onde gostaríamos de estar, mas acho que as coisas estão caminhando em boa direção para Copenhague", afirmou Barroso. Ele se referia a uma importante reunião marcada para dezembro na Dinamarca, em que se espera chegar a um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto.

Sigmar Gabriel, ministro alemão para Ambiente, afirmou à rádio ARD que representantes do países do fórum, que se encontraram ontem à noite, afirmaram: "nós aceitamos o limite de 2ºC". Um oficial do governo de Nicolas Sarkozy, na França, disse que os líderes do G8 também confirmaram um compromisso anterior de reduzir as emissões de carbono em 50% até 2050 --não teria existido consenso para metas no curto prazo.

O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) afirma que os países industrializados devem reduzir entre 25% e 40% até 2020, em relação aos níveis de 1990, para impedir que a temperatura global suba mais de 2ºC. Qualquer aumento além deste pode elevar os riscos de catástrofes naturais, afetando milhões de pessoas, principalmente em países pobres.

Em um encontro realizado no Japão no ano passado, o G8 se comprometeu a reduzir as emissões de carbono em 50% até 2050. Mas o texto era vago e não especificava qual ano foi tomado como base para esse índice. Os pesquisadores do IPCC usam 1990 como padrão, mas Estados Unidos e Japão tem usado os níveis de 2005. A diferença é significativa: desde 1990, as emissões de carbono dos Estados Unidos cresceram 23%.
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