Olhar Direto

Sábado, 29 de junho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

“Igrejas, políticos e emissoras de TV deveriam agir mais”, diz ambientalista

Para preservar o meio ambiente é necessário que haja uma mudança de mentalidade na sociedade, é necessário um conjunto individual de pequenas atitudes. É nesta linha que o Grupo Mato Forte está atuando em Mato Grosso há quatro anos. Eles produzem sacolas recicladas que substituem as sacolas plásticas. “As pessoas possuem o costume de ir aos supermercados, às lojas, e saírem cheios de sacolas plásticas, isto é cultural. As sacolas acabam virando saquinhos para se colocar lixo e assim poluem muito o meio ambiente”, analisa o presidente da organização, Ulisses Calhao.


O hábito da sacola plástica é uma realidade que pode sim ser mudada na opinião do presidente do Mato Forte. “As igrejas poderiam ser muito mais atuante nas questões ambientais. O poder que elas possuem para realizar esta mudança é enorme. O engajamento das religiões, independente de quais sejam, seria determinante para o mundo entrar de vez em uma nova era, a ecológica”, diz. As redes de televisão também seriam reticentes neste sentido. “As novelas vêm constantemente abordando temas que realmente são aceitos pela sociedade. A questão ambiental merece também este destaque”, acrescenta.

As ‘recomendações’ de Ulisses apresentadas ao Preserve-MT ainda enfocam os três Poderes, e, claro, vão ao encontro do crescimento do Grupo Mato Forte. “Tanto o Judiciário, como o Legislativo e o Executivo ainda necessitam avançar muito para a preservação e recuperação ambiental. Por que não se cria uma lei proibindo o uso de sacolas plásticas? Esta é uma medida que já é utilizada em muitos países. Não vamos atacar, o fundamental é buscar alternativas”, opina.

A sacola reciclada é uma opção que nasce com um problema, o custo final ao consumidor que varia de R$ 5 a R$ 150. “A dona de casa não quer pagar este custo”. A solução que está sendo empregada é transferir a responsabilidade para o empresário, para o detentor da marca. “Nós já produzimos cerca de 40 mil peças. Ao se produzir uma sacola com os resíduos do produto, com embalagens do atacado, e se colocando a marca do fornecedor, nós criamos uma relação direta entre indústria, comércio e cliente. Elas podem ser utilizadas como brindes corporativos com a cara de Mato Grosso”, recomenda.

Com o ganho ambiental evidente, a iniciativa cíclica que evita a matéria-prima de se transformar em lixo e diminui a produção de sacolas plásticas já foi premiada nacionalmente pelo Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato. Os produtos mato-grossenses ambientalmente corretos têm ainda como destino a exportação, principalmente para a Holanda, mas três mostruários completos de coleções da ‘grife ecológica’ já foram vendidos para o Museu Moma de Nova York, nos Estados Unidos.

Mas a preservação ambiental também deve gerar oportunidades para a população. Assim, o sistema de produção das sacolas recicladas chama a atenção pelo seu papel social. Foram montados grupos, geralmente compostos por pessoas aposentadas com uma renda financeira abaixo do ideal, em sete bairros de Cuiabá e Várzea Grande. “Os rendimentos são conforme o comprometimento e a produção de cada um. Cada integrante pode receber mensalmente entre R$ 800 e R$ 1.200”, revela Ulisses.

O site www.preservemt.com.br apoia iniciativas que mudam conceitos. A redução no consumo individual de produtos descartáveis, e a reutilização ao máximo da matéria-prima, reduz a extração dos recursos naturais. A conscientização individual gera o exemplo para a mudança de uma sociedade.
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