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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Operação Kalupsis

Policiais federais apreendem documentos na casa de sogro de deputada estadual

O esquema funcionaria da seguinte maneira: as toras eram retiradas da área indígena (inclusive em conluio com alguns índios) e levadas durante a noite para o pátio das serrarias. Nas empresas, a entrada dessas árvores eram “esquentadas” com créditos florestais de projetos de manejo de outras localidades.

Foto: Top News

PF faz apreensões em Juara e Aripuanã nesta quarta-feira

PF faz apreensões em Juara e Aripuanã nesta quarta-feira

A Polícia Federal fez apreensão de documentos, nesta quarta-feira de manhã, durante a “Operação Kalupsis”, na casa de Orivaldo Bezerra, em Juara (634 km a Noroeste de Cuiabá), segundo fontes de Olhar Direto naquela cidade. Ele é pai do ex-prefeito Oscar Bezerra e sogro da deputada estadual Luciane Bezerra (PSB). Policiais também foram à casa de Juliano Garutti, genro de Orivaldo.


Bezerra possuiu atividade madeireira em Juara e na Gleba Conselvan, em Aripuanã, onde a PF investiga exploração ilegal de madeira. Ainda não há informações oficiais sobre a suposta participação deles nos crimes ambientais identificados na investigação. Segundo os federais, pelo menos nove pessoas devem ser presas por extraírem toras de áreas indígenas e acobertar com créditos florestais fictícios.

Conforme as fontes de Olhar Direto, o esquema funcionaria da seguinte maneira: as toras eram retiradas da área indígena (inclusive em conluio com alguns índios) e levadas durante a noite para o pátio das serrarias. Nas empresas, a entrada dessas árvores eram “esquentadas” com créditos florestais de projetos de manejo de outras localidades. Assim, depois de serrada, a madeira era vendida com certificação ambiental e podia ser transportada para o Sul e Sudeste do país.

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Além de Mato Grosso, a operação também ocorre em Rondônia, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Ao todo, 236 policiais estão cumprindo 67 mandados de busca e apreensão, nove mandados de prisão preventiva e 28 mandados de condução coercitiva, expedidos pela Justiça Federal de Juína.

Em algumas madeireiras, junto ao cumprimento das ordens judiciais, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realiza fiscalizações da madeira que está no pátio.

Durante a investigação realizada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio-Ambiente (Delemaph), iniciada em fevereiro de 2013 e que contou com a colaboração do Ibama, apurou-se que a extração ilegal de madeira em terra indígena vem sendo acobertada pela transferência de créditos florestais fictícios e fraudulentos.
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