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Sábado, 29 de junho de 2024

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Incêndios queimam reserva índigena próxima a Campo Novo

Um incêndio de dezenas de quilômetros quadrados consumiu boa parte da terra indígena Utiariti, em Campo Novo dos Parecis (396 km de Cuiabá), e quase ninguém viu. Desde o início de julho, o sistema já identificou 303 focos.

Um incêndio de dezenas de quilômetros quadrados consumiu boa parte da terra indígena Utiariti, em Campo Novo dos Parecis (396 km de Cuiabá), e quase ninguém viu. Desde o início de julho, o sistema de monitoramento de queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) já identificou 303 focos de queimada na mata, mas equipes de combate ao fogo não foram acionadas para combatê-los.


O pico do incêndio ocorreu em 30 de julho, mas focos de fogo ainda são detectados pelos satélites. Segundo o coordenador do monitoramento de queimadas do Inpe, Alberto Setzer, não é possível medir com precisão a área que foi queimada, mas nas fotos espaciais se vê uma mancha preta extensa na vegetação, indicando que muitos quilômetros quadrados pegaram fogo.

O Globo Amazônia comparou a imagem da área queimada com fotos de satélite de Brasília, na mesma escala de tamanho. Por meio delas, é possível perceber que á área destruída já atingiu uma região de tamanho semelhante à capital federal.

Acesso difícil

Até o momento, ninguém trabalha para combater o incêndio. Segundo o responsável pelo posto da Funai dentro da terra indígena, Joelson Avelino Kinizokemaece, a fumaça pode ser vista a cerca de cem quilômetros de distância. “Achamos que o fogo tinha acabado na sexta-feira à noite, mas não acabou”, afirma.

Kinizokemaece pretende pedir apoio das brigadas de incêndio da região para aplacar as chamas. De acordo com ele, o local do incêndio é formado por uma vegetação de cerrado bem fechada, sem estradas ou aldeias por perto. “O acesso até esse fogo é difícil”, informa.

Segundo Elmo Monteiro, chefe do Prevfogo – órgão federal que coordena o combate a incêndios florestais –, os brigadistas ligados ao Ibama só podem agir quando acionados por meio da Funai, já que não podem entrar em terras indígenas sem autorização. “Por enquanto, não recebemos solicitação de apoio”, informou.

O major bombeiro Agnaldo Pereira, superintendente da Defesa Civil de MT, informa que há pessoal e equipamento disponível para agir contra o fogo, mas faz a mesma ressalva de Monteiro. "Terra indígena é de responsabilidade do governo federal. Há uma série de restrições para entrar lá", diz.

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