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Sábado, 29 de junho de 2024

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diz Greenpeace

Alta de desmatamento mostra descaso do Brasil com mudanças climáticas

Foto: Reprodução

Alta de desmatamento mostra descaso do Brasil com mudanças climáticas
A divulgação hoje da taxa consolidada de desmatamento na Amazônia Legal no último ano mostra que a destruição voltou a crescer após três anos de queda. Entre agosto de 2007 e julho de 2008, foram derrubados 12.911 quilômetros quadrados, segundo dados do Prodes, gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No período 2006/2007, a taxa foi de 11.532 km2.


“O Brasil quer e precisa de desmatamento zero na Amazônia. Perder 13 mil km2 de floresta em um ano não só é um absurdo como demonstra que o país não fez seu papel para combater o aquecimento global”, diz Marcio Astrini, do Greenpeace. O Brasil é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa no mundo, principalmente por causa do desmatamento e das queimadas.

Com esse novo número, será mais difícil para o governo atingir sua meta de desmatamento estabelecida no Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Agora, terá de ficar abaixo de 9 mil km2 no período 2008/2009.

DETER – Enquanto o Prodes mostra um retrato mais fiel do desmatamento – com divulgação anual –, outro sistema também rodado pelo INPE, o Deter, apenas detecta os focos maiores, sem detalhamento, para alerta rápido, porém com anúncio mensal.

O número divulgado hoje pelo Ministério do Meio Ambiente, de 578 quilômetros quadrados desmatados em junho, segundo o Deter, deve ser analisado com cuidado. A temporada de chuvas na Amazônia, nesse ano, foi mais longa do que o normal, com um índice alto de cobertura de nuvens no período. Por causa disso, a diferença dos números apontados pelo Deter para o que realmente está acontecendo em terra deve ser maior do que o usual.

Em junho, por exemplo, a taxa elevada de cobertura de nuvens – 43% da Amazônia Legal – impediu a observação correta do que aconteceu em solo. O Pará, que concentrou 57% do desmatamento registrado pelo satélite (330 km2) no mês, estava com praticamente metade (49%) de sua área sob nuvens.

“Todos os números que apresentam uma queda no desmatamento na Amazônia são bem-vindos, mas comemorá-los como definitivos é absurdamente precipitado. Só teremos uma visão real do desmatamento após a divulgação dos dados do Prodes”, afirma Astrini.
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