Produção, industrialização e comercialização. São esses os três pilares estruturais atendidos pelo Programa Mato-grossense de Desenvolvimento da Aquicultura, o Criar N’Água. O programa em parcerias com os órgãos governamentais ligados ao meio ambiente irá desburrocratizar as leis ambientais no que diz respeito à liberação de licenças ambientais para a criação de lâminas d’águas em todo o Estado. “A nossa intenção é acelerar todo o processo”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon Weirich durante coletiva de imprensa.
De fato, o programa de Governo visa não só a produção de alimentos à base de peixe, mas sim, o fortalecimento da agricultura familiar com a geração de renda e emprego entre os pequenos produtores. O orçamento previsto é de R$ 40 milhões, que prevê a capacitação, criação de lâminas d’águas entre outros.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon Weirich comentou que não se trata apenas de uma ação de Governo, no entanto, ele acredita que haverá uma continuidade a fim de fomentar toda a cadeia produtiva no Estado. “O objetivo é ordenar a piscicultura em Mato Grosso, além disso, dar condições para a merenda escolar nos municípios, com a aquisição de produtos oriundos do pescado”, apontou o secretário.
Weirich comentou que o programa foi constituído devido ao crescimento do consumo de peixes em Mato Grosso, principalmente nos assentamentos rurais. A produção anual é de 20 mil toneladas/ano. A região metropolitana de Cuiabá representa 70% dessa produção econômica.
Para o diretor da Associação dos Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), Francisco Medeiros, o fato de MT ser o maior produtor de soja do país, no entanto, isso reflete na queda do preço da ração animal. Ele comentou que os preços comercializados no Estado lideram o ranking de preços economicamente viáveis em todo o país. Em contrapartida, isso reflete na grande adesão de produtores de grãos envolvidos com a piscicultura.
Atualmente toda a produção do Estado é consumida pelo mercado interno e regiões vizinhas. São três frigoríficos com inspeção federal (SIF), respectivamente Cuiabá, Nova Olímpia e Sorriso. Em Várzea Grande existe um frigorífico com inspeção estadual.
