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Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Multas da Operação Boi Pirata 2 já ultrapassam R$ 65 milhões

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já aplicou mais de R$ 65 milhões em multas desde que deflagrou, em julho deste ano, a Operação Boi Pirata 2. Com o objetivo de coibir a criação de gado em áreas desmatadas e as queimadas ilegais na Amazônia, sobretudo na Floresta Nacional do Jamanxim, no oeste do Pará, a operação visa retirar da região cerca de 15 mil cabeças de gado ilegal, o chamado "boi pirata".


Com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar do Pará, os agentes do órgão lavraram 50 autos de infração, embargando mais de 15 mil hectares de área desmatada ou queimada e apreendendo mil metros cúbicos de madeira serrada e em tora, o equivalente a 58 caminhões carregados.

Onze pessoas foram presas em flagrante. Mais 17, entre elas uma grávida, foram detidas e liberadas em seguida. Entre os presos estão três fazendeiros da região norte da Floresta do Jamanxim, onde o Ibama encontrou cerca de 15 mil animais criados ilegalmente. Os agentes federais também apreenderam 22 armas, entre elas uma espingarda calibre 12, dois rifles com mira telescópica e três veículos roubados.

Para o presidente do Ibama, Roberto Messias, a operação, a exemplo da primeira, iniciada em junho de 2008, é positiva e tem um efeito moralizador. De acordo com ele, a apreensão de gado criado ilegalmente em áreas de preservação ambiental resultou, a partir da primeira operação, numa redução dos índices de desmatamento e de reincidência na região.

“A operação, como outras, está sendo positiva no sentido de mostrar que não há mais impunidade ambiental, de mostrar que aqueles desmatadores, seja na Floresta do Jamanxim, seja em outras unidades de conservação, não ficarão mais impunes”, disse Messias à Agência Brasil, quando deixava o Ministério do Meio Ambiente, onde participou de uma reunião entre o ministro Carlos Minc e parlamentares do Amazonas para discutir as obras de restauração e pavimentação da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO).

Messias explicou que, para o Ibama, as multas têm um efeito “moralizador”, pois o órgão fica com o dinheiro que vai para o Tesouro Nacional.

“Para o Ibama, a pior coisa é aplicarmos multas porque isso significa que está havendo ilícitos. No entanto, não multar quando existe o ilícito seria ainda pior. Por isso, vamos aplicá-las sempre que elas forem cabíveis, não protegendo ninguém que esteja contra a lei, a natureza e a sociedade”, disse.
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