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Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Centro de Pesquisa do Pantanal promove encontro do Projeto Sinergia em Buenos Aires

Pesquisadores do Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai vão se reunir para definir projetos de pesquisa para gestão de recursos hídricos do Pantanal e da Bacia do Paraguai


Buenos Aires é a próxima parada do CPP, Centro de Pesquisa do Pantanal, que está reunindo pesquisadores, governos e sociedade civil de Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai para a criação de um programa de gestão de recursos hídricos do Pantanal e da Bacia do Rio Paraguai. O encontro, que é uma das atividades do Projeto Sinergia, será entre os dias 2 e 4 de setembro e terá como objetivo definir os projetos de pesquisa que serão executados nos quatro países. “Nosso trabalho é traçar cenários para prever quais serão os efeitos do aquecimento global nessa área de abrangência e sugerir medidas de mitigação e adaptação”, explicou o professor Pierre Girard, coordenador do Sinergia.

A preocupação da Argentina com o tema se reflete na mobilização social e governamental. O país constituiu o Conselho Hídrico Federal para cuidar exclusivamente das questões relacionadas ao assunto. A decisão de integrar o Sinergia partiu da necessidade de se conciliar desenvolvimento econômico e social com a preservação ambiental. “Hoje, temos uma preocupação grande com os impactos do crescimento populacional. Queremos unir sociedade e cientistas para garantir a preservação não só da Bacia do Paraguai mas também de outras bacias menores de nosso país”, revelou Antônio Silva, representante do Conselho Hídrico Federal no projeto.

Os integrantes do projeto já definiram os quatro temas que vão nortear os trabalhos: balanço hídrico da Bacia, eventos hidrológicos extremos, aspectos sócio-ambientais da mudança climática e os impactos cumulativos da interferência humana e das mudanças climáticas. Como os fatores climáticos pressionandoos recursos hídricos têm características diversas em cada local, a troca de informações vai tornar os projetos mais dinâmicos e criar uma chancela que facilite a aplicação das ações em todos os países. “O aquecimento global já está acontecendo, então é importante lembrar que nós não vamos começar do zero. Vamos aproveitar o conhecimento e as informações que já existem sobre os temas das linhas de pesquisa para fazer esse exercício de planejamento de gestão”, adiantou Pierre Girard.

O projeto está ligado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU) - que é uma das principais ações desenvolvidas atualmente pelo CPP, Centro de Pesquisa do Pantanal – e conta com o apoio do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. “Nosso objetivo é fazer com que a ciência traga um impacto real e positivo para as pessoas. Por isso, o projeto foi formatado para ter a participação de diversos segmentos sociais, entre eles o poder público, ONGs e produtores rurais. Acreditamos que cada uma dessas instâncias terá meios para se mobilizar e atuar conjuntamente na adoção das sugestões apresentadas pelos pesquisadores”, disse o professor Paulo Teixeira de Sousa Jr., vice-coordenador do INAU e consultor senior do CPP.
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