O teste de balneabilidade das praias da Baixada Cuiabana e região Oeste de Mato Grosso reprovou as praias da Comunidade São Gonçalo, em Cuiabá, Bonsucesso, em Várzea Grande e Praia da Carne Seca, na região de Cáceres (225 Km a Oeste de Cuiabá). A água dos rios nestas regiões não apresentou índices satisfatórios na avaliação da qualidade da água para a recreação de contato primário, ou seja, o banho ou mergulho das pessoas nos rios.

A campanha de balneabilidade realizada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) juntamente com Superintendência de Recurso Hídricos (SRH) e a Superintendência de Monitoramento de Indicadores Ambientais (SMIA) analisou 23 praias do Estado.

Os rios analisados foram: Mutuca, Rio Claro, Salgadeira, Cachoeirinha, Cachoeira dos Namorados, Cachoeira da Martinha, Coxipó- Açu, Condomínio Portal das Águas (Lago de Manso), Praia do Pari, Ponte de Ferro, Comunidade São Gonçalo, Passagem da Conceição, Bonsucesso, Praia do Centro (Santo Antônio), Praia de Veredas (Santo Antônio), Praia no Rio Paraguai (Barra do Bugres), Praia no Rio dos Bugres (Barra do Bugres), Praia das Embaúbas (Rosário Oeste), Praia da Carne Seca (Cáceres), Praia do Daveron (Cáceres), Praia do Late Clube (Cáceres), Córrego Peraputanga (Cáceres), Praia do Julião (Cáceres).

Desde o ano de 2005 a Sema realiza o trabalho de estudo das águas das praias. A avaliação é feita em cinco semanas consecutivas de estudos. Neste ano o trabalho começou no dia 15.07 e foi até o dia 07.08.

O trabalho de balneabilidade define se a água é própria ou imprópria para o banho. As águas são consideradas próprias quando 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros.

As águas são consideradas impróprias quando no trecho avaliado for verificado valor da última amostragem superior a 2000 Escherichia coli por 10 mililitros, além disso, o lixo das praias, presença de draga, esgoto, óleo e graxa contribui para a água ficar imprópria para o banho.

O coordenador de Recursos Hídricos, Leandro Maraschin explica que “o objetivo deste trabalho é informar a população sobre a qualidade das águas destes locais, alertando sobre os riscos de contrair doenças de veiculação hídrica e serve também como um indicador da qualidade ambiental de fácil leitura pela população”.

Os resultados serão divulgados pelos meios de comunicação a exemplo dos anos anteriores e também serão fixadas placas informativas sobre as condições de água com classificação de “Própria” ou “Imprópria” para banho, para cada local estudado.

Para a coordenadora de Monitoramento da Qualidade Ambiental, Adélia Alves de Araújo, “o trabalho da balneabilidade visa estimular o turismo, sem que haja problemas para quem for visitar a praia. Em Santo Antônio do Leverger (34 quilômetros ao sul de Cuiabá) uma praia tinha dado resultado impróprio no ano passado (2008), mas esse ano com a avaliação, a água está própria para o uso”, afirmou.

Das águas avaliadas em 2008, Praia Grande, Balneário Sesc e Balneário Coxipó do Ouro não voltaram a ser analisadas neste ano , pois são praias que não tem fluxo considerável de pessoas. Na avaliação de 2009 foi acrescentada a Cachoeira da Martinha, pois é um local com um bom número de frequentadores.