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Segunda-feira, 01 de julho de 2024

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desobediência

Corte de árvores continua após suspensão por parte do MPE

O corte de árvores de espécies nativas no Campus de Rondonópolis da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) continua sendo feito mesmo após o Ministério Público Estadual (MPE) ter solicitado a suspensão imediata das derrubadas no dia 19 de agosto. A notificação foi encaminhada pela promotora de justiça Joana Maria Bortoni Ninis, da 6ª Promotoria de Justiça Cível para Defesa do Meio Ambiente e Ordem Urbanística, para a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder. Na ocasião, a promotora também encaminhou um ofício à reitoria e ao secretário municipal de Meio Ambiente, Lindomar Alves, para saber quais os motivos para a retirada das árvores.


O pedido de corte de dezenas de árvores foi feito para viabilizar uma rua que deve contornar toda a instituição, o que facilitaria a circulação e o acesso ao campus. O pedido foi autorizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).

Conforme o professor doutor em Ciências Sociais do campus, Paulo Issac, após a suspensão pelo MPE ainda foram cortadas várias árvores, mas ele não soube precisar o número exato. Na última terça-feira (01), informou o professor, foi retirada mais uma espécie angico, planta rara no cerrado mato-grossense. Este foi o segundo pé de angico retirado do campus.

Desde o dia 18 de agosto foram retiradas três espécies de ingá, um cajueiro, uma escorrega-macaco, uma de pequi e uma aroeira, esta última em extinção no Estado de Mato Grosso.

Paulo Issac continua indignado com a situação e contou que ele, os demais professores e alunos do campus não conseguiram esclarecer o posicionamento do MPE, já que os cortes continuaram após a notificação. “Ou está havendo desobediência, ou o Ministério Público autorizou”, disse ele.

No sentido de esclarecer a questão e evitar novos cortes, os professores e alunos engajados no assunto vão tentar se reunir com a reitora na próxima quinta-feira (10), oportunidade em que Maria Lúcia estará no campus de Rondonópolis.

Paulo Isaac ainda defendeu outra alternativa para evitar a perda das plantas. “Poderiam optar por transplantar as árvores raras, caso fosse realmente necessário o corte”, sugeriu. No entanto, coloca o professor, este caso não se aplica ao angico derrubado nesta semana que, segundo ele, não estava na rota da nova rua que será construída no local.

A reportagem do Olhar Direto entrou em contato com a 6ª Promotoria de Justiça Cível, mas a promotora Joana Ninis não estava no local e só retorna na próxima terça-feira. Já o secretário de Meio Ambiente, Lindomar Alves, está afastado por motivos de saúde e a gerente de Departamentos da Semma, Sônia Moraes, disse não saber detalhes sobre o assunto.

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