Os estudos para implantação da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Colíder estão em fase adiantada e em breve o município localizado a 650 km de Cuiabá, poderá receber a hidrelétrica de 342 megawatts (MW). Em 15 de outubro haverá a primeira de uma série de quatro audiências públicas para debater a instalação da PCH com a sociedade.
O prefeito Celso Banazesji (PR) explicou, ao
Olhar Direto, que nos encontros serão discutidos a contratação de pessoal, treinamento, os impactos ambientais e os royalties que o município poderá receber. “Nessa audiência vamos debater a questão ambiental, a contratação de pessoal, treinamento para que tenhamos pessoal capacitado, terceirização dos serviços e as divisas que serão geradas para o município”.
A PCH será construída no rio Teles Pires, a 26 quilômetros da sede do município e a previsão é que fique pronta em cinco anos. A quantidade em royalties que Colíder receberá ainda não foi calculada.
Na semana passada estiveram na cidade engenheiros da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), representante da empresa Andrade Gutierrez e representante da Eletronorte. Eles informaram que o projeto está pronto e que o leilão foi prorrogado para dezembro em função dessa audiência pública que será realizada em outubro.
O leilão estava previsto no Plano Plurianual (PPA) do governo federal para ser implementado até 2011. Porém, para sair do papel e se tornar realidade, é preciso elaborar e executar o projeto. Desde o início do ano, o Ministério das Minas e Energia, resolveu iniciar os passos necessários para execução, contratando uma empresa para elaborar o projeto da PCH Colíder.
Dentro do projeto, constam os levantamentos de custos de todas as espécies: econômico, sócio e ambiental. Para isso, é preciso calcular a área a ser alagada, indenizações, custos e benefícios. Esses levantamentos já foram realizados e o projeto contendo todo o investimento necessário está pronto.
Quem vai custear as obras será a empresa vencedora do leilão, que será ressarcida com a venda da energia gerada. Toda e qualquer empresa que reúna as condições do edital poderão concorrer entre si. No entanto, antes do leilão, o projeto precisa da aprovação ambiental que está agora sujeita à apreciação popular em audiência pública.
