Evandro Corral, consultor jurídico-ambiental da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), em entrevista ao Olhar Direto, afirmou que os produtores do Estado não estão demasiadamente preocupados com a o Decreto 6686, que fixa prazo para averbar regularização dos passivos ambientais até o dia 11 de dezembro, pois já sofrem as punições há algum tempo.

“Mato Grosso já sofre punições há algum tempo, por fazer parte do bioma Amazônico, e os outros estados não sofrem da mesma maneira. Os produtores já sofrem multas altíssimas do Ibama, por impedir a regeneração das florestas em suas propriedades”, explica o consultor.

Corral diz que o prazo até dezembro pode ser desesperador para os outros estados, mas não tem o mesmo impacto sobre Mato Grosso, apesar de, em intensidade bem menor, causar alguma preocupação sim, já que serão mais multas e mais problemas.

O consultor aponta, ainda, que será bom se o prazo não for prorrogado, pois a situação poderia causar uma pressão ao Congresso para votar uma legislação de regulamentação ambiental.

Evandro, junto ao gestor de projetos estratégicos do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola), Tiago Mattosinho, alerta que a verdadeira e grande preocupação atual dos produtores rurais é a votação do novo Código Florestal.

“Os produtores estão ansiosos por essa votação, para que possam realizar a regularização de maneira segura, sem preocupar-se se amanhã a lei muda novamente e eles passem a ficar ilegais novamente”, argumenta Corral.