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Quarta-feira, 03 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Multinacional faz acordo de US$ 45 milhões para compensar por lixo tóxico na Costa do Marfim

Uma empresa multinacional de comércio de petróleo anunciou neste domingo um acordo para pagar compensação financeira a milhares de pessoas na Costa do Marfim que dizem ter ficado doentes por causa de lixo tóxico despejado na capital do país, Abdijan, em 2006.


A empresa Trafigura, que tem escritórios em Londres, Amsterdã e Genebra, diz que 30 mil pessoas receberão cada uma o equivalente a R$ 2.800.

O pagamento, num total de US$ 45 milhões (cerca de R$ 82 milhões), será feito em adição aos quase US$ 200 milhões (cerca de R$ 363 milhões) que a companhia pagou ao governo da Costa do Marfim em 2007.

A Trafigura e os advogados dos autores da ação concordaram que não ficou provada uma ligação entre o lixo despejado e mortes.

Um comunicado conjunto da empresa e dos advogados britânicos que representam os marfinenses diz que no máximo o lixo provocou sintomas semelhantes ao da gripe.

Sintomas

O lixo químico foi gerado pela Trafigura e transportado em um navio para a Costa do Marfim.

Em agosto de 2006, caminhões despejaram os dejetos em 15 locais em torno de Abdijan, a maior cidade do país.

Nas semanas que se seguiram ao despejo do lixo, dezenas de milhares de pessoas relataram uma série de sintomas parecidos, incluindo problemas respiratórios, vômitos e diarreia.

Na última quarta-feira, um relatório das Nações Unidas sugeriu que há uma forte ligação entre pelo menos 15 mortes e o despejo do lixo tóxico.

O relatório disse que há "uma evidência primária forte de que as mortes e as consequências de saúde adversas relatadas estão relacionadas ao despejo do lixo".

A Trafigura classificou o relatório da ONU como prematuro e errado. "Estamos abismados com a falta básica de balanço e de rigor analítico refletida no relatório", diz o comunicado da empresa.

Empresa contratada

A Trafigura sempre insistiu que não era responsável pelo despejo do lixo, já que ele havia sido transportado por uma outra empresa contratada para isso.

A multinacional também nega que os dejetos - resíduos de gasolina misturados com lavagens cáusticas - poderiam ter provocado os problemas de saúde sérios que os marfinenses alegam, que incluem queimaduras de pele, sangramento e problemas respiratórios.

Em 2007, a empresa concordou em pagar quase US$ 200 milhões ao governo da Costa do Marfim para "compensar as vítimas", entre outras coisas.

O fundo administrado pelo governo pagou compensações às famílias de 16 pessoas cujas mortes eles acreditavam que haviam sido causadas pelo lixo tóxico.
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