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Quarta-feira, 03 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

MT poderá divulgar informes oficiais, em caráter de utilidade pública, sobre o índice de poluição atmosférica

Mato Grosso poderá, em breve, fazer um enfrentamento mais direto nas questões relativas à poluição ambiental. A Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa está analisando projeto de lei que visa autorizar o governo a divulgar, pelos meios de comunicação, informes oficiais, em caráter de utilidade pública, sobre o índice de poluição atmosférica resultante das queimadas no estado. E, ainda, sugestões de medidas preventivas adequadas a serem adotadas em eventual situação de emergência.


A proposta é do deputado Sérgio Ricardo (PR) e prevê também que essa divulgação seja efetuada, preferencialmente, pelos órgãos de Imprensa de caráter educativo. A meta é alertar a população sobre os riscos causados pela poluição. Pesquisadores confirmam que as queimadas causam prejuízos à saúde, reduzindo a capacidade pulmonar e aumentando o número de consultas ambulatoriais e de internações hospitalares por doenças respiratórias.

Para se ter uma idéia da realidade vivida em nosso estado, recentemente duas cidades mato-grossenses, Alta Floresta e Tangará da Serra foram incluídas em pesquisa. Elas foram escolhidas em razão do maior número de focos de queimadas, maior área desmatada e taxas altas de mortalidade e internações por doenças respiratórias em crianças e idosos desde o ano 2000. O resultado é que foi verificada prevalência de asma acima da média nesses dois municípios entre os estudantes, em Alta Floresta (21%) e em Tangará da Serra (26%). Estes percentuais são maiores que os verificados em Cuiabá, Manaus e Belém, segundo a pesquisa.

Para justificar o projeto, Sérgio Ricardo citou que no período de chuva, a quantidade de partículas finas em suspensão (resultado da queima da floresta) na atmosfera fica em torno de 15 microgramas por metro cúbico na região amazônica - menos que a metade do limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Na seca, quando começam as queimadas, o mesmo indicador sobe para 300 e até 600 microgramas por metro cúbico.

Ainda, segundo a justificativa do projeto, estudos apontam que para cada 10 microgramas de aumento na concentração destas partículas (menores que 2,5 micrômetros) na atmosfera, ocorre uma elevação de 7% nas internações por doenças respiratórias em crianças e idosos. Também há uma redução na capacidade pulmonar de crianças e adolescentes de 0,34 litros por segundo de ar expirado.

SERVIÇO:

Cuidado, a exposição humana as queimadas não ocorre, necessariamente, no local onde o foco da queima esta presente. As altas temperaturas envolvidas na fase de chamas da combustão e a ocorrência de circulações de ar associadas às nuvens favorecem o movimento convectivo ascendente da massa de ar e podem ser responsáveis pela elevação dos poluentes gerados na queima de biomassa até a troposfera, onde podem ser transportados para regiões distantes das fontes emissoras.

Este transporte resulta na distribuição espacial de fumaça sobre uma extensa área que vai influenciar a exposição humana através dos produtos de queima de biomassa, da quantidade de poluentes emitidos, da distância da população em relação à intensidade da queimada, das condições climáticas da região, da freqüência da queima, por isso, num estado reconhecido pelos altos índices de queimadas os cuidados são essenciais.
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