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Terça-feira, 02 de julho de 2024

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AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO

Matilha de cachorro-vinagre é flagrada pela primeira vez na Transpantaneira

Foto: Secom-MT

Matilha de cachorro-vinagre é flagrada pela primeira vez na Transpantaneira
Uma matilha de cachorro-vinagre, espécie vulnerável ameaçada de extinção no Brasil, foi flagrada pela primeira vez pelas câmeras do projeto Monitoramento da Fauna Silvestre da Estrada Parque Transpantaneira, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT).


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As 15 câmeras instaladas em pontos estratégicos da Estrada Parque em Poconé (124 km distante de Cuiabá) permitem que a Sema elabore um mapa de incidência das espécies.

O monitoramento resulta em relatórios que produzem dados para auxiliar os embasamentos técnicos do setor de Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros. Além disso, produz imagens e informações relevantes como as espécies mais registradas e menos avistadas pelas câmeras. O cachorro-do-mato foi a espécie com maior número de registros, sendo 2.997 no período de um ano.

O projeto de iniciativa da Coordenadoria da Fauna e Recursos Pesqueiros iniciou em março de 2022, e coleta informações sobre a diversidade, frequência, padrão de atividades diárias e sazonais nos pontos escolhidos no entorno da Estrada Parque Transpantaneira.

Por meio das câmeras, também são mapeados os comportamentais e ecológicos dos animais que vivem em ambiente natural e os resultados são melhor compreendidos através de registros padronizados realizados em longo prazo.

Os relatórios técnicos trazem também um levantamento e monitoramento da fauna silvestre atropelada, além do acompanhamento da presença de água.

A analista de meio ambiente, bióloga Neusa Arenhart, destaca que a ação além de monitorar a condição dos animais avistados pelas câmeras instaladas, é possível registrar os hábitos das espécies do Pantanal, emitir documentos técnicos e verificar a presença e a incidência de espécies ameaçadas de extinção.

“As imagens mostram momentos únicos que revelam os hábitos dos animais, as interações, alimentação. Os registros podem ser utilizados para a educação ambiental, já que divulgar a existências dessas espécies é uma ferramenta para a preservação”.

Monitoramento de maio e junho

Os últimos relatórios foram produzidos no período de 13 a 17 de maio e de 10 a 14 de junho e traz informações sobre os animais registrados no período.

Foram capturadas imagens de onça-pintada, tamanduá-bandeira, cervo-do-pantanal, tatu-canastra, lobo-guará, mutum-de-penacho, onça-parda, cervo-do-pantanal, veado-catingueiro, garça-real, serpente não peçonhenta, garça-azul e gavião-preto, tuiuiú, o pássaro freirinha e um grupo de anhumas se alimentando em um campo encharcado junto a vários jacarés.

Entre as imagens que chamam atenção está um Urutau, ave carnívora de hábitos noturnos com papel ecológico importante para o controle de populações de insetos, pousado sobre um poste à beira de uma ponte utilizando da camuflagem para se esconder ou enganar os predadores permanecendo mais de 12 horas imóveis no mesmo lugar.

Monitoramento de fauna silvestre atropelada

Na campanha do projeto de Levantamento e Monitoramento da Fauna Silvestre Atropelada na Transpantaneira, foi constatado no mês de maio 15 carcaças de animas, com predominância de répteis, oito no total, além de três mamíferos e quatro aves.
 
Também foram registrados uma serpente verde e um gavião carcará fora do período do monitoramento, porém foram inseridos no banco de dados como adicionais para auxiliar nas avaliações gerais do projeto.

Nos registros de junho do monitoramento da fauna silvestre atropelada foram registradas 22 carcaças de animais silvestres, sendo que em apenas um dia foram encontradas 16 carcaças, sendo 8 répteis, 4 mamíferos e 4 aves.
 
Entre estes 22 animais foram identificados quatro filhotes de jacarés sendo que dois deles estavam acompanhados com a mãe que também foi morta, Gavião-carcará, anuro, cachorro-do-mato, serpente caninana, teiú-matipu.  

Presença de água

O relatório também constatou a presença de água em vários locais ao longo da Transpantaneira, como a região da Torda, rio Pixaim, rio Cassange, Largo do Jofre e ao longo do entorno da Transpantaneira. Também foi constatado presença de água no canal Cassange que é de grande importância para manutenção das águas para uma considerada área da região central do Pantanal Norte e vem sendo monitorado.

Outro destaque observado no documento técnico está a arara-azul-grande que há 30 anos é monitorada pelo Instituto Arara Azul que busca promover a conservação da espécie e da biodiversidade no Pantanal.

(Com assessoria)
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