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Quarta-feira, 03 de julho de 2024

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WWF adverte que Senado dos EUA pode arruinar acordo sobre mudança climática

O WWF (Fundo Mundial para a Natureza) advertiu nesta sexta-feira (2) que as negociações sobre a mudança climática fracassarão, se os Estados Unidos não se mostrarem mais ambiciosos em suas propostas para reduzir os gases.

O WWF (Fundo Mundial para a Natureza) advertiu nesta sexta-feira (2) que as negociações sobre a mudança climática fracassarão, se os Estados Unidos não se mostrarem mais ambiciosos em suas propostas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.


"Os Estados Unidos estão fazendo progressos notáveis, mas se não avança mais em suas propostas, muitos países se verão desmotivados para chegar a um acordo", manifestou Keya Chatterjee, responsável da WWF-Estados Unidos na reunião sobre mudança climática que as Nações Unidas celebram em Bangcoc.

Uma nova lei apresentada pelo Partido Democrata no Senado norte-americano estabelece um corte em 2020 de 20% das emissões a respeito de 2005, em comparação aos 17% proposto anteriormente.

"Estes níveis não são suficientes para mitigar os efeitos da mudança climática, a WWF exige um diminuição nos Estados Unidos de 25% em relação aos níveis de 1990", assinalou Chatterjee, que considera possível que a Administração de Barack Obama adote uma direção nesse sentido.

"Temos a capacidade e a tecnologia, só é preciso vontade política", disse o responsável do grupo ecologista.

Legado difícil

No entanto, Chatterjee lembrou que o esforço que podem fazer os Estados Unidos é limitado devido a "oito anos nos quais não se trabalhou para reduzir as emissões de carbono".

As emissões dos Estados Unidos se encontram neste momento em 15% acima dos níveis de 1990, enquanto na União Europeia estão abaixo de 6%, levando em conta os 15 países mais industrializados, e 10,7% se incluídos os 27 membros.

Algumas delegações criticaram que Washington, que não assinou o Protocolo de Kyoto, condicione as decisões em nível internacional às políticas nacionais aprovadas por seu Parlamento.

Lumumba Di-Aping, presidente do grupo dos países em desenvolvimento e conhecidos por G-77 mais China, criticou a delegação dos Estados Unidos por aprovar uma legislação em prol de seu próprio "interesse nacional", sem levar em conta o resto do mundo.

Até o momento, os países desenvolvidos se comprometeram a recortar entre 15% e 30% suas emissões em relação a 1990, abaixo dos 25% e 40% exigidos pelo Painel da ONU sobre Mudança Climática.

A WWF foi mais longe e lembrou que os países ricos deverão reduzir suas emissões em 20% para 2020 em relação aos níveis de 1990 e 80% para 2050, com o objetivo de evitar que as temperaturas subam acima dos 2 graus Celsius, o que geraria graves danos ecológicos e humanos.

Em dezembro próximo, durante a reunião de Copenhague, os países presentes negociarão um acordo que possa substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
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