A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) por meio da Coordenadoria de Ecossistemas, vinculada à Superintendência de Biodiversidade, em parceira com a Superintendência de Estudos e Informações da Secretaria de Planejamento do Estado de Mato Grosso (Seplan) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciaram o trabalho de revisão do Mapa de Vegetação do Estado. O trabalho de mapeamento começou este ano, no mês de agosto e a meta é percorrer todas as regiões que compõem Mato Grosso.

O Estado possui 67 (sessenta e sete) cartas geográficas, destas, 3 (três) já foram visitadas, a Carta Geográfica número 388, denominada Cuiabá, abrangendo as cidades de Jangada, Acorizal, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Chapada dos Guimarães; a Carta Geográfica 389, denominada Dom Aquino, abrangendo as cidades de Campo Verde, Primavera do Leste, Poxoréo, Nortelândia e Jaciara e a Carta Geográfica 372, denominada Rosário Oeste, abrangendo as cidades de Nobres, Diamantino, Alto Paraguai, Arenápolis e Nova Marilândia.

A revisão do Mapa de Vegetação está sendo feita por meio da interpretação de imagens da década de 70, onde foram definidas as unidades de mapeamento que estão sendo checadas em campo (descrição e classificação da unidade, caracterização fotográfica e registro de coordenadas geográficas). “Com as imagens MSS da década de 70 foi construído um mosaico utilizado como ferramenta auxiliar na definição do tipo de vegetação que havia naquela época (Cerrado ou Floresta). Este trabalho de revisão da vegetação, é fundamental para a definição das tipologias vegetais no processo de licenciamento ambiental e para uma melhor definição dos limites dos biomas no Estado”, explicou a coordenadora de Ecossistemas da Sema, Gabriela Priante.

O mosaico foi construído com imagens dos anos de 1975 a 1980 disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no seu endereço eletrônico na internet. “Inicialmente, buscou-se uma série histórica que pudesse retratar o Estado de Mato Grosso em uma condição de baixa ocupação, onde as imagens tivessem o mínimo de cobertura de nuvens ou falhas de aquisição de forma a recompor limites naturais da vegetação”, disse o analista de Meio Ambiente da Coordenadoria de Ecossistema da Sema, Elton Antônio Silveira.

O trabalho de mapeamento está sendo feito por equipes da Sema e Seplan e o prazo para o término dos trabalhos de campo é de um ano.

IMAGENS  O primeiro sensor MSS (Multispectral Scanner) foi lançado em 1972 e equipou a série de satélites Landsat até 1990. O satélite ficava a uma altitude da órbita de 920km. Sua faixa de imageamento era de 185km, com resolução temporal de 18 dias e a espacial de 80m (http://www.dgi.inpe.br/CDSR/).

No banco de dados do Inpe as imagens mais antigas do sensor MSS são de 1973, entretanto não há no catálogo disponibilidade de imagens com qualidade, que cubram o Estado no período de apenas um único ano. Grande parte das imagens apresentam problemas com cobertura de nuvens, deslocamento de órbita e sincronização das linhas de varreduras, este último no satélite Landsat 3.

Para construir o mosaico que está sendo utilizado pelos técnicos da Sema e da Seplan, foi necessário compor imagens dos anos de 1975 a 1981, compondo uma série histórica que pudesse retratar o Estado de Mato Grosso nesse período.

Foram utilizadas 49 imagens MSS de três satélites Landsat (1, 2 e 3), de datas e anos distintos de forma a garantir a menor cobertura de nuvens e defeitos de aquisição do sensor.

O registro das imagens foi realizado no programa ARCGIS 9.2® utilizando as bases cartográficas de hidrografia e estradas disponíveis na base de dados da Sema. As imagens foram obtidas diretamente do sítio do Inpe (www.inpe.gov.br).