A polícia investiga um esquema de contrabando de madeira que pode ter desviado meio bilhão de reais no Maranhão. Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça mostram que piratas da internet invadiram o sistema do governo federal para cometer as fraudes. Em outra apuração, o Ministério Público denunciou uma ex-secretária de Meio Ambiente e outros dois funcionários que teriam destruído evidências de crimes ambientais.
O quartel general do crime contra o meio ambiente era dentro da própria secretaria estadual. Segundo a denúncia do Ministério Público, funcionários invadiram o prédio, destruíram câmeras de segurança, arrombaram as portas e roubaram computadores. Uma vigilante que anotou a ação em um livro contou que recebeu R$ 1 mil para ficar quieta e sumir com o registro.
Os equipamentos foram levados da secretaria para um outro prédio, onde a ex-secretária tinha uma sala comercial. O plano só não foi perfeito porque o edifício também tem sistema de câmeras, que flagraram a movimentação.
Nas imagens, a ex-secretária, a chefe de gabinete e até um deputado federal aparecem entrando e saindo do prédio. Os promotores dizem que eles tiraram a memória dos equipamentos, com a ajuda de um técnico em informática.
O Ministério Público acredita que o objetivo era apagar transações suspeitas entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, donos de serraria, madeireiras e cerâmicas. O caso está agora na Justiça.