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Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Brasil deve anunciar nesta sexta (13) seu número para redução de gases-estufa

O governo federal deve anunciar nesta sexta-feira (13) o esperado número que vai sintetizar o “objetivo voluntário ” brasileiro de corte de emissão de gases-estufa. Deve ser algo em torno de 40% de corte da taxa de crescimento das emissões nacionais até 2020. Trocando em miúdos: foi calculada a curva de emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases-estufa na próxima década, se absolutamente nada for feito de diferente para conter a tendência. A intenção é fazer alguma coisa para que a taxa de crescimento, no final das contas, seja “só” 60% do que seria. Essa intenção há de ser apresentada na Conferência do Clima das Nações Unidas, em Copenhague, Dinamarca, entre 7 e 18 de dezembro.


O anúncio ocorrerá um dia depois da divulgação pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de redução de 45% no desmatamento registrado na Amazônia Legal. A destruição de “apenas” 7 mil quilômetros quadrados foi apresentada em evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Eles comemoravam a menor taxa de devastação já registrada em 21 anos de monitoramento . A reunião para oficializar como o Brasil pretende contribuir para frear o aquecimento global, nesta sexta-feira em São Paulo, também contará com o trio Lula, Dilma e Minc. Tinha sido previsto para sábado (14), em Brasília.

Os gases que mobilizam governos, cientistas e ambientalistas são responsáveis por um efeito de aquecimento anormal da temperatura do planeta. Especialistas chegaram a um consenso de que, caso as emissões não sejam controladas e reduzidas, efeitos como maior incidência de secas, derretimento de geleiras, aumento do nível do mar e até intensificação de surtos epidemiológicos, sairão do controle ainda neste século. Entenda a importância de um acordo climático

Cálculo publicado pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’ esta semana aponta que 40% de “freio de arrumação” é a mesma coisa que dizer que o Brasil chegará a 2020 com emissões 19% menores do que as vigentes em 2005. O projeto de lei da gestão Barack Obama em debate no Senado americano , considerado tímido por ambientalistas, fixa uma redução de 20% sobre os níveis de 2005, cria um mercado de carbono nacional e detalha uma série de ações na área de energia limpa e combate ao desperdício. Não se sabe se o Brasil vai detalhar suas ações ainda hoje, ou só em Copenhague, ou em algum momento antes do fim do atual governo, ou nunca.

O que se sabe pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) é que além da “oferta” de corte de 80% do desmatamento na Amazônia, que garantiria metade do freio (20%), o país passaria a dar atenção ao desmatamento em outros biomas, como o cerrado, e investiria em energia limpa (principalmente etanol e biocombustíveis) e em programas nos setores siderúrgico e agropecuário.

Estudo coordenado pelo pesquisador Carlos Cerri, da Universidade de São Paulo, estimou em 2 bilhões de toneladas as emissões brasileiras de gases-estufa em 2005. O país não tem ainda um inventário oficial atualizado de emissões. O MMA projeta para 2020 que o total de emissões do Brasil será de 2,7 bilhões de toneladas, sem ações de controle. Com o freio de 40%, passaria a emitir 1,62 bilhão de toneladas.
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