O Brasil e a França adotaram um texto comum para a Conferência de Copenhague sobre o clima, que Nicolas Sarkozy defenderá na Cúpula dos países do Commonwealth em Tobago, na África e talvez no Brasil, anunciou neste sábado (14) o presidente francês.
A parceria entre o Brasil e a França acontece no dia seguinte ao do anúncio oficial da meta brasileira para Copenhague, nesta sexta-feira (13), entre 36,1% e 38,9%.
A posição comum prevê, entre outras medidas, a criação de uma Organização Mundial do Meio Ambiente.
Ela inclui objetivos e compromissos concretos para frear o fenômeno da mudança climática, do qual "todos somos vítimas", acrescentou Lula.
O documento que os dois líderes levarão à capital dinamarquesa em dezembro é "nossa bíblia climática", disse Lula, em entrevista coletiva após a reunião com Sarkozy hoje no Palácio do Eliseu.
"Tornamos público hoje um texto brasileiro e francês, porque queremos que Copenhague seja um sucesso, não aceitaremos um acordo qualquer", declarou Sarkozy à imprensa ao final de um encontro no Palácio do Elysée com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
União de países
"Além disso, com o presidente Lula, vou fazer de tudo para reunir o maior número de países", explicou o presidente francês.
"A partir da próxima semana, a chanceler alemã [Angela] Merkel e eu encontraremos o primeiro-ministro dinamarquês Rasmussen", disse Sarkozy. "Pode ser que eu vá pessoalmente ao Brasil para convencer alguns países da região".
O presidente francês também disse que irá no fim de novembro à Cúpula do Commonwealth, em Tobago, à África e que "quer carregar toda a África conosco".
"Chegaremos a Copenhague com propostas ambiciosas", concluiu o presidente francês.