Desde que começou a piracema, no início deste mês, a Polícia Ambiental apreendeu 80 quilos de filé de pescado irregular, 15 redes de arrasto, seis espinhéis e armas durante operações realizadas em mercados de peixe e rios de Mato Grosso. As fiscalizações são realizadas numa parceria entre o Núcleo de Policiamento Ambiental da Polícia Militar, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e o Juizado Especial Volante Ambiental (Juvam).
Na última sexta-feira (13), o Núcleo de Policiamento Ambiental realizou uma fiscalização no estoque de pescado de dois grandes mercados de Cuiabá: o Mercado do Porto e outro na região do Praerinho.
No Mercado do Porto e no bairro Praerinho, os policiais apreenderam 60 e 20 quilos de peixes da espécie pintado e cachara, respectivamente. Segundo informações da assessoria, o produto estava armazenado em forma de filé, o que é proibido, pois essa forma não permite que o fiscal identifique a origem, o tamanho e o modo de captura do peixe.
Além do pescado, os policiais prenderam no Praeirinho o vendedor José Maciel de Araújo que comercializava peixe com visíveis marcas de captura por rede de arrasto. José Maciel foi encaminhado à Delegacia do Meio Ambiente para as devidas providências.
O Núcleo também realizou uma intensa fiscalização nos rios de todo o estado. A equipe fluvial percorreu as margens dos rios Cuiabá, Arinos e dos Peixes, em Juara. Durante a fiscalização no rio Cuiabá os policiais recuperaram 12 redes, três tarrafas e duas varas com molinete.
Em Juara, na operação em parceria com a Sema, os policiais ambientais apreenderam 15 redes de arrasto, seis espinhéis, quatro armas e 32 munições. O material apreendido foi abandonado nas margens dos rios pelos pescadores, que fugiram quando avistaram os barcos de fiscalização.
O comandante do policiamento ambiental, capitão PM José Carlos, atribui o grande número de apreensões à presença da Polícia Ambiental em todo o Estado. “O Núcleo tem trabalhado em conjunto com a Sema em praticamente todas as áreas críticas de Mato Grosso, combatendo crimes ambientais como desmatamento ilegal, pesca predatória e caça”.
Os trabalhos de fiscalização continuarão até o final de fevereiro, quando se encerra o período da piracema.