Rascunhos de acordo datados desta terça-feira (15) mostram que negociadores na conferência do clima de Copenhague tiraram números sobre metas globais de longo prazo e cortes de emissões de nações ricas até 2020, que estavam em documento anterior.
Os números podem ser recolocados se um acordo for alcançado.
O ministro do Meio Ambiente da Índia, Jairam Ramesh, disse que as discussões podem travar até mesmo em "sérias" pendentes questões.
"Há confusão e falta de clareza neste estágio", disse ele, que afirma não saber bem como vão evoluir os próximos dias.
Além disso, a presidente da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15), a dinamarquesa Connie Hedegaard, admitiu nesta terça-feira (15) que "ainda há muitos obstáculos" nas negociações.
No entanto, o embaixador climático brasileiro, Sérgio Serra, foi mais otimista: "Você pode ter um avanço [...] com a pressão do tempo e da opinião pública", disse ele.
Fontes da União Europeia (UE) disseram ainda que uma nova minuta discutida hoje vai cobrir todos os temas debatidos neste fórum, como a redução das emissões dos gases do efeito estufa e o financiamento para combater a mudança climática nos países pobres.
"Há muitas frases com colchetes", assinalaram as fontes, em alusão aos espaços deixados pendentes de fechamento à medida que avançam os debates nesta conferência.
Connie Hedegaard explicou que os dois grupos de trabalho em andamento hoje na cúpula têm até a última hora do dia para redigir minutas de acordo, para que possam ser debatidas na sessão plenária de amanhã.