O deputado federal Homero Pereira (PR) desafiou o presidente da Organização Não Governamental (ONG) SOS Mata Atlântica, Roberto Klabin, o qual admitiu possuir uma fazenda de criação de gado de 53 mil hectares em uma área de preservação ambiental, a travar um “diálogo desarmado, sem preconceitos e mitos sobre o novo Código Florestal”.

“Diferente do que o senhor diz da importância do diálogo, a Ong SOS Mata Atlântica contaminou o debate ao ameaçar deputados de exterminadores de floresta apenas por defenderem de forma legítima a revisão da legislação florestal. Sua Ong não contribuiu para avançar o diálogo entre os pensamentos divergentes, apenas acirrou uma disputa sem sentido e efeito prático para o meio ambiente”, criticou o parlamentar, durante a 64ª audiência pública sobre o tema, realizada na terça-feira (13), pela Comissão Especial que rediscute a legislação ambiental na Câmara dos Deputados.

Segundo a assessoria de Homero, ao contrário do discursou de Klabin na audiência pública sobre a importância do diálogo, a Ong presidida pelo ambientalista criou um clima de animosidade entre os que defendem o equilíbrio de preservar e produzir no país e aqueles da preservação total ao subscrever a campanha de marketing titulando os primeiros de exterminadores de floresta, contaminando a discussão.

Klabin acredita que o atual Código Florestal não deve mudar. A exceção, no entanto, se dá quanto é para o Pantanal, onde, segundo ele, precisa de leis diferenciadas devido às características desse bioma. Foi nesta mesma audiência que o ambientalista admitiu aos parlamentares ter uma criação de gado em regime extensivo em sua propriedade rural, situada no Pantanal.

O ambientalista assumiu também que o gado de sua fazenda está dentro de uma APP (Área de Preservação Permanente), proibido por lei. No entanto, insistiu que sua propriedade rural cumpre com todas as leis ambientais brasileiras.

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