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Segunda-feira, 24 de junho de 2024

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superfaturamento

Blairo Maggi chora com crise e admite mais um afastamento

Em sua primeira entrevista após a crise anunciada com a denúncia do superfaturamento de maquinários, o ex-governador Blairo Maggi (PR) disse à imprensa na manhã desta segunda-feira (03) que chegou a chorar quando recebeu a notícia do suposto superfaturamento ocasionado em sua gestão. Ele disse ainda que perdeu o entusiasmo ao ver a situação instaurada após deixar um mandado de sete anos sem manchas.


No entanto, apesar de admitir a problemática, Maggi, que é pré-candidato ao senado, se reúne hoje pela manhã com a cúpula do Partido Republicano (PR) e diz acreditar que a conclusão das investigações não confirmará superfaturamento do programa “MT 100% Equipado”, mas, sim, do pagamento de juros indevidos. Dessa forma, o republicano admite estar tranqüilizado, já que a auditoria e a fiscalização ocorreram diante de seu próprio pedido.

Blairo, questionado sobre o afastamento de servidores e secretários, foi ponderado e informou que conversou durante o fim de semana com o ex-secretário da Secretaria de Estado e Infraestrutura (Sinfra), Vilceu Marcheti, que renunciou ao cargo na sexta-feira. O ex-governador avalia a decisão de Vilceu de afastar-se como uma atitude correta, já que a pasta foi a responsável pelas licitações de aquisição dos maquinários.

Maggi observa que outros secretários, como até mesmo Geraldo De Vitto, da pasta de Administração, deveria se afastar até a conclusão das investigações. “Como não sou mais governador prefiro não opinar, mas há de se verificar que o grau de culpa é diferente. A Sinfra foi quem fez o edital, mas há de se observar que outros afastamentos seriam importantes para que seja um processo de investigação tranquilo e tranparente”, frisou Maggi se referindo a De Vitto.

Ele disse avalia ainda que as investigações do Ministério Público Estadual (MPE) devem ser rápidas e defendeu a participação do Ministério Público Federal (MPF) nos levantamentos que estão sendo feitos diante das denúncias.

Sobre a informação de que poderia ser um dos depoentes no inquérito, Maggi disse não ter sido notificado e nem recebeu comunicado sobre a oitiva, conduzida pela Delegacia Fazendária. Estado comprou 705 máquinas e caminhões pelo “Programa Mato Grosso 100% Equipado” que foram adquiridos através do empréstimo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) da ordem de R$ 241 milhões.

Investigação

A  promotora Ana Cristina Bardusco, titular da Promotoria Criminal de Defesa do Patrimônio Público, foi quem pediu a abertura do inquérito baseado no relatório elaborado pela Auditoria Geral do Estado (AGE). Segundo com cálculos efetuados pelos auditores, a diferença entre o preço à vista e o preço a prazo, que foi paga indevidamente aos empresários vencedores das licitações, equivale a R$ 26.592.760,24 milhões.

O Ministério Público aponta que o preço do pregão está 16% acima do mercado e explica que o inquérito policial servirá para apurar se houve beneficiamento a empresas em troca de vantagens indevidas aos servidores responsáveis pela realização das licitações. O caso ganhou destaque no Jornal Nacional.

Atualizada às 11h30
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