O secretário de Estado de Administração, Geraldo De Vitto, parece ter resolvido deixar para amanhã (4) o pedido de exoneração ou até o afastamento do cargo. Há pouco, durante entrevista no Palácio Paiaguás, o secretário disse que pretende se reunir com o governador Silval Barbosa (PMDB) somente nesta terça-feira (4) para discutir as investigações do suposto superfaturamento na aquisição de 705 maquinários pelo Governo.
Questionado sobre a possibilidade de renúncia, De Vitto foi enfático e afirmou: “meu cargo está e sempre esteve à disposição do governo do Estado”. No fim da tarde, o secretário esteve reunido com o presidente do PR, deputado federal Wellington Fagundes, e o deputado Jota Barreto (PR), no gabinete da SAD. Em seguida foi ao gabinete do governador, porém, segundo ele a conversa foi adiada porque Silval tinha um compromisso.
Apesar do clima tenso pelos corredores do Palácio Paiaguás, De Vitto demonstrou bom humor durante a entrevista. Ele afirmou estar tranquilo quanto às denúncias e se isentou de qualquer participação no esquema. O secretário alegou ainda que a pasta sempre esteve pauta pela transparência e somente homologou o processo licitatório, sendo todos os procedimentos coordenados pela Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
Geraldo De Vitto disse que não pretende jogar a culpa em outros secretários e nem está se isentando de nenhuma responsabilidade, porém destacou que está respaldado pelo decreto 2.015, de 24 de junho de 2009, assinado pelo ex-governador Blairo Maggi, pelo ex-secretário da Casa Civil, Eumar Novacki, e por De Vitto, liberando a pasta de qualquer responsabilidade na modalidade do pregão feito para aquisição dos mais de 700 maquinários, que estariam superfaturados.
Em meio à turbulência, o governador Silval Barbosa vem sofrendo pressão por parte do PR, que defende a permanência de De Vitto no cargo. No entanto, o secretário alega que não fez nenhum pedido à sigla, da qual é membro da Executiva. “O PR tomou uma posição da qual eu não pedi”, afirmou.
De Vitto reforçou também que a SAD está ajudando nas investigações e defendeu que os fatos sejam apurados com total isenção.
Atualizada às 22h01
