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brilho perdido ?

Governo de Mato Grosso acumula desgastes com 'trunfos' perdidos

05 Mai 2010 - 12:37

De Brasília - Marcos Coutinho/ Da Redação - Kelly Martins

O governo do Estado, na gestão Blairo Maggi-Silval Barbosa, acumula desgastes sem precendentes com as fraudes e/ou irregularidades ocorridas, praticadas e/ou confirmadas em dois eventos que poderiam ser contabilizados como dois trunfos políticos mas que tiveram desfechos trágicos: o mega concurso para preenchimento de mais de 10 mil vagas na administração estadual e a licitação para aquisição de 705 máquinas.


Nos dois eventos, a partir da confirmação de falhas humanas gravíssimas, a administração saiu com a imagem deveras desgastada e colheu dividendos negativos perante a opinião pública, de um modo geral. E em ambas as ocasiões, o ex-governador Blairo Maggi (PR) foi obrigado a chamar para si a responsabilidade dos fatos e cobrar medidas duras de seus auxiliares mais próximos.

Seguramente, a suposta fraude na licitação dos maquinários, que pode gerar inclusive a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), está sendo muito mais desgastante para o governo do que as irregularidades e trapalhadas observadas no mega concurso.

Sem embargo, a queda de dois secretários (Vilceu Marchetti, ex-Infraestrutura e Geraldo de Vitto, ex-Administração) "machucou" muito o ex-governador Blairo Maggi e o governador Silval Barbosa (PMDB), respectivamente, candidatos ao Senado e ao Palácio Paiaguás.

Todavia, ambos têm eu seu favor o fato de que, logo após a confirmação das fraudes, tomaram providências cabíveis no sentido de "reparar" o dano, muito embora as lesões sejam de difícel regeneração e quem pagará o pato, infelizmente, será o contribuinte.

Nos bastidores do Palácio Paiaguás, assessores e os atuais lugares-tenente de Silval Barbosa ainda avaliam os danos, assim como os atuais conselheiros políticos de Blairo Maggi, que, na sua tradicional e reconhecida franqueza, admitiu ter "lamentado e até chorado" quando descobriu que falhas ocorreram também na licitação dos maquinários.

Em princípio, não há prova alguma que impute a Maggi e a Silval responsabilidade direta nos fatos ou que ambos tenham agido para encobrir quaisquer fatos, como querem sugerir alguns incautos. Pelo contrário, tomaram as devidas providências. Contudo, vale ressaltar que a responsabilidade política será cobrada e só uma apuração rigorosa dos fatos e a punição dos culpados pode satisfazer os eleitores mais críticos, cujos votos serão cruciais num pleito que promete ser dificílimo.

Silval, até então, vinha coordenando a formação de alianças, porém, com a função de governador, parece que o peemedebista não tem tido muito tempo para se dedicar às conversações políticas. Antes, Silval tinha a garantia de uma chapa forte com PMDB, PR e PT. No entanto, depois das prévias no Partido dos Trabalhadores, o clima esquentou e uma ala petista, liderada pela senadora Serys Slhessarenko, agora defende o apoio ao empresário Mauro Mendes (PSB).

Maggi tem forte poder de articulação. Exemplo disso foi a conquista da sede da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá. Conhecido também como “Rei da Soja”, Maggi, paranaense, surgiu da famosa “turma da botina” e, sem histórico político, conseguiu derrubar o cacique Antero Paes de Barros nas eleições de 2002, sendo reeleito em 2006.

Atualizada às 17h32.
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