O desembargador aposentado Donato Fortunato Ojeda, que passou mal nesta terça-feira (18) logo após a Polícia Federal cumprir mandado de busca e apreensão em sua residência durante a Operação Asafe, teve alta nesta quarta-feira (19) e já está em casa. O advogado de Ojeda, Anderson Nunes de Figueiredo, diz que, passado o “susto”, seu cliente está bastante tranquilo. “Não existem provas que possam comprometer Ojeda”, explica o advogado.
A Operação Asafe foi deflagrada em decorrência de investigações sobre um suposto esquema de venda de sentenças no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). Ojeda foi um dos seis magistrados que teve residência ‘visitada’ pela PF para cumprimento de mandado de busca e apreensão.
Retornando de Brasília, onde Figueiredo foi buscar mais informações sobre o caso, que corre em segredo de justiça, o advogado adianta que logo poderá ser esclarecido que Ojeda não tem participação em qualquer esquema.
“Não existem provas. Não existem nem interceptações telefônicas dele, do filho, da esposa, da casa dele, nada. Estamos tranquilos”, reforça Figueiredo, acrescentando que a residência de Ojeda pode ter sido vistoriada por conta de alguma conversa interceptada pela PF em que tenha sido citado o nome do magistrado. “E, caso isso tenha acontecido (citação em alguma conversa) foi sem o conhecimento do meu cliente”, afirma o advogado.
Asafe
A Operação Asafe foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18) e os envolvidos são acusados de práticas de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. Ao todo foram nove mandados de prisão temporária expedidos pela ministra Nancy Andrighi do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que preside o inquérito judicial. A PF também cumpre 30 mandados de busca e apreensão em escritórios de Cuiabá, Alto Paraguai e Várzea Grande.
