Os envolvidos na Operação Asafe com foro privilegiado serão ouvidos na quinta-feira (10) pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi, que preside o inquérito que investiga esquema de venda de sentença no Poder Judiciário de Mato Grosso.

Dentre os convocados para prestar depoimento estão o desembargador Evandro Stábile, José Luis de Carvalho, além de Donato Fortunato Ojeda e José Tadeu Cury, que estão aposentados. Todos os magistrados são citados em interceptações telefônicas e alguns depoimentos à Polícia Federal como participante do esquema.

Stábile estaria no centro das investigações, principalmente, em ações relacionadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), juntamente com José Tadeu Cury. A esposa de Cury, advogada Célia Cury, chegou a ser presa durante a Operação Asafe e mantinha estreita relação com a lobista Ivone Reis.

O juiz Cirio Miotto também deverá ir a Brasília esclarecer as denúncias elencadas no inquérito, em que o magistrado é citado em interceptações telefônicas como responsável por conceder uma decisão favorável a Lóris Dilda, acusado de matar o irmão, em 1994, revogando sua prisão preventiva. Porém, ele acabou não sendo seguido pelos demais vogais. A esposa do magistrado Rosa Maria Zanchet Miotto também é citada no inquérito e teria ido receber o dinheiro com Dilda.