A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de Mato Grosso (OAB-MT) de Cáceres enviou uma nota de repúdio contra o juiz Alex Nunes de Figueiredo por ter afirmado que a comunidade cacerense é dependente, do ponto de vista econômico/financeiro, do tráfico de cocaína e de outras drogas ilícitas.

A entidade ainda avisou que deverá tomar todas as medidas administrativas e/ou judiciais cabíveis contra o magistrado, com a intenção de preserva a integridade e a identidade da população de Cáceres.

O fato que acabou desencadeando a “fúria” dos advogados da cidade foi a prisão de Everaldo Batista Filgueira, que invadiu o 2º Encontro de Fronteira xingando o juiz Alex Nunes de Figueiredo, da 3ª Vara Criminal de Cáceres, que acabou dando voz de prisão ao advogado.

Everaldo já possui uma rixa antiga com o magistrado que o havia condenado a nove anos de detenção por denunciação caluniosa e falsidade ideológica, porém o advogado responde em liberdade.

Confira a nota:

Considerando que todas as ações pertinentes à segurança pública, desde a prevenção até a punição de culpados são de competência exclusiva do Estado.

Considerando que todas as medidas que visem o aprimoramento dos sistemas educacional, de saúde, de saneamento básico, de produção, armazenamento e distribuição de alimentos e de riquezas dependem de políticas públicas, conclui-se que as mazelas da insegurança e da pobreza, da fome e do frio, do crime e da violência são frutos da inoperância, da incompetência e do crime organizado que fazem as vezes de regra na seara do poder público. Muito mais temos visto nossos dirigentes, nos três poderes constitutivos da república, empenhados em transformar privilégios em direitos do que em garantir os verdadeiros direitos à nossa comunidade.

Considerando que a cidade de Cáceres tem como maior patrimônio o seu povo, porque é gente ordeira, pacífica e trabalhadora e que é do suor dessas pessoas que vive o comércio e os profissionais de todas as áreas, além de ser fonte de formação acadêmica de profissionais dos mais diversos setores através da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), que aqui foi gerada, cresceu e está sediada.

Razões pelas quais repudiamos em todos os seus termos as declarações retro-referidas que lançaram todo o povo cacerense na vala comum dos transgressores da lei, da moral e da ética.

Desde já registramos que as medidas administrativas e/ou judiciais cabíveis serão adotadas visando a preservação da integridade e da identidade de sua gente.

Cáceres 15 de junho de 2010

Ricardo Quidá

Presidente

Maria Alice Campos Mensch

Vice-Presidente

Luiz Emídio Dantas Jr

Secretário
Comissão de Comunicação:
Clóvis M. Soares OAB/7414