Sem demora e já no ritmo das eleições de outubro, o pré-candidato ao governo do Estado pelo PSB, o empresário Mauro Mendes, rebateu duramente as críticas proferidas pelo secretário chefe da Casa Civil, Eder Moraes Dias, desafiando-o a vir a público falar dos escândalos do governo. A 'briga' foi provocada pelo membro do staff do governador Silva Barbosa (PMDB), que após um longo silêncio, resolveu atacar novamente e desdenhou da candidatura do socialista considerando-a frágil e com o ‘risco de bater cara na parede’.

“Ao invés do secretário Eder Moraes ficar falando da minha vida ou ficar fazendo uma analise dela, ele deveria vir explicar a sociedade quem está roubando o dinheiro público através de superfaturamento das máquinas, pagamentos de precatórios e outros” que eu espero o ministério público traga a tona, asseverou por telefone ao Olhar Direto.

A resposta foi uma clara alusão ao fato de Eder, antes o principal porta-voz do governo Estadual, ter se distanciado da imprensa após ser citado na investigação do superfaturamento das máquinas do programa ‘Mato Grosso 100% equipado’. Vilceu Marcheti e Geraldo de Vitto Jr., respectivamente ex-secretários de Infraestrutura e de Administração, também arrolados no inquérito, deixaram os cargos após a pressão feita pela sociedade civil organizada.

Moraes passou pelo mesmo processo, mas diferente dos outros dois, negou-se a pedir exoneração, sendo o único suposto envolvido no governo a permanecer no cargo, com o aval de Silval.

Ao comentar sobre sua saída do PR, em setembro do ano passado, o presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) lembrou que na época explicou seus motivos para o ex-governador Blairo Maggi (PR), considerado o padrinho político do empresário e a maior liderança do PR em Mato Grosso. “Se ele quer saber quais foram (os motivos), que fale com o governador (Maggi). (...) Fica tanto tempo sumido e agora aparece para falar besteira”, desabafou. 

Eder Moraes também havia dito que Mauro rema contra maré do PSB, e que se levasse os interesses do partido em consideração não sairia candidato. Com isso, o secretário fez uma alusão ao fato da fragilidade da sigla socialista diante das candidaturas para proporcional, correndo o risco de perder uma cadeira na Câmara Federal, já que o deputado federal e presidente do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, enfrentar dificuldade para se reeleger.

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