O ex-governador Blairo Maggi (PR), pré-candidato ao Senado, adotou a bandeira de investimento em infraestrutura para reduzir os gargalos logísticos de Mato Grosso. O republicano, durante seus dois mandatos no comando do Estado, sempre priorizou obras de pavimentação, para garantir, principalmente, o escoamento das safras.
Neste fim de semana, Maggi visitou o Vale de São Lourenço e pode conferir o desenvolvimento da região, que nos últimos anos recebeu seis novas grandes indústrias na região, todas com o funcionamento previsto para o ano de 2011, por meio de políticas de descentralização do processo de industrialização implantadas no Estado desde 2003.
“Com meu conhecimento sobre as necessidades regionais, percebi que a única forma de alavancar o desenvolvimento econômico e social dessas comunidades que estão vendo o crescimento chegar apenas em pólos, seria atraindo grandes indústrias. Dessa forma, conseguiremos melhorar a renda e a receita dos municípios e a qualidade de vida das pessoas”, afirmou, durante passagem por Dom Aquino no Estradeiro pelo Sul do Estado.
Diante da platéia de produtores rurais, empresários e autoridades públicas, Maggi defendeu a união de esforços em prol da redução de gargalos logísticos no Estado. “Muitos que nos antecederam, seja no setor político, seja na área privada, já discutiram essa bandeira e vamos tocá-la em frente. Essa é uma questão crucial ao desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso. Temos uma posição geográfica que nos coloca distante de portos, o que prejudica o escoamento da produção. Com investimentos e essa união, essas dificuldades se tornarão menores”, declarou.
O discurso de Maggi recebeu o respaldo do prefeito de Jaciara, Max Russi (PR). Ele lembrou como era difícil levar investimentos para municípios fora dos grandes centros, como Cuiabá e Rondonópolis, porém a cidade terá um investimento de R$ 150 milhões de uma indústria.
“O que a gente acompanha hoje é que as indústrias estão sendo levadas para além dos dois grandes centros no Sul do Estado, que são Cuiabá e Rondonópolis. Este ano teremos um investimento de R$ 150 milhões de uma única indústria. É o maior investimento nos últimos 30 anos em geração de emprego e renda”, afirma o prefeito de Jaciara, Max Russi (PR).
O projeto em questão é a implantação do frigorífico da Seara no município, que será iniciada no ano que vem. O projeto prevê a criação de dois mil empregos diretos e outros quatro mil indiretos, que ser mão uma nova fonte de renda para moradores de Jaciara, Juscimeira, São Pedro da Cipa e Dom Aquino - que hoje somam cerca de 60 mil habitantes e tem no máximo 20 quilômetros de distância entre si.
Para abastecer a indústria, pequenos produtores da região montarão 320 aviários nas quatro cidades. “Para qualificar os trabalhadores, o governo do Estado assinou um convênio que atenderá 1.600 pessoas”, pontua o prefeito. Ele frisou ainda que chegada da empresa aumentará a arrecadação do município em 50%, o que permitirá a expansão da aplicação de recursos na melhoria da cidade.
“A vinda desse empreendimento faz parte de um projeto de governo para recuperar a economia de pequenos municípios e começará a gerar uma mudança histórica na região. Apesar de estarmos colhendo esses frutos agora, eles fazem parte de diretrizes que vem sendo fomentadas há sete anos”, observou Russi.
Conscientes da tendência de crescimento que está chegando, outros empresários já instalados no entorno começam a preparar a expansão dos negócios. “A venda dos nossos produtos tem aumentado nos últimos anos, o que representa uma melhoria na qualidade de vida das pessoas. Com base nisso e nos movimentos de industrialização que tenho vivenciado, planejo crescer 10% ao ano a partir de 2011”, disse o proprietário da Água Mineral Puríssima, Vilmar Franzner.
A empresa gera em Dom Aquino 110 empregos diretos, percentual que deve crescer 5% anualmente, de acordo com os cálculos de Franzner. O otimismo do empresário encontra respaldo na expectativa de atração de mais moradores para o Vale do São Lourenço com a geração de empregos. Além da Seara, também serão implantados até 2011 um frigorífico de peixes em Dom Aquino e outro de ovinos, em Campo Verde - este demandará mão de obra direta de 150 pessoas.
Na mesma região, está chegando a empresa têxtil Hering, que empregará 2 mil pessoas e mais centenas de costureiras do entorno. “Representantes do grupo estiveram no Estado há cerca de 20 dias para as avaliações técnicas. Eles estão de olho em Campo Verde também. Pensam em trazer um grande pólo têxtil para a região, e não só transformar o algodão em tecido, mas sim fabricar o produto final que é a roupa”, disse o secretário adjunto de Indústria, Comércio Minas e Energia (Sicme), Elio Razia.
A diversificação de segmentos vai além. No setor de construção civil, a Cerâmica Maristela começará a operar no ano que vem em Juscimeira e esta semana a indústria de cimento LCB anunciou investimentos em Rosário Oeste, que totalizarão R$400 milhões, segundo Razia. (Ver Box)
O evento foi promovido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em parceria com o governo do Estado. A visita ao município encerra o estradeiro feito por Maggi e comitiva pela região Sul do Estado.
Com informações da assessoria.
