Em tom de desafio, dissidentes do PDT afirmaram há pouco, nesta sexta-feira (25) ao Olhar Direto que o destino do partido nas eleições deste ano será decidido no voto, na convenção marcada para o próximo dia 30.

A reação dos líderes vem em decorrência das declarações dadas pelo presidente regional da sigla, deputado estadual Otaviano Pivetta, segundo o qual o ministro Carlos Lupi (Trabalho), presidente de honra do partido, teria autorizado a coligação com o empresário Mauro Mendes, pré-candidato ao governo pelo PSB.

“Essa autorização (de Lupi) não significa que o martelo já está batido. Vamos decidir no voto, democraticamente, o rumo que o partido deverá tomar. Um dos artigos do estatuto do PDT mais celebrados é o que permite dar voz às minorias, o direito a divergências”, declarou um dos líderes da facção dissidente.

Esse grupo é liderado pelo tesoureiro do PDT, Rodrigo Rodrigues, que até o começo da semana era homem de confiança de Otaviano Pivetta. Ele está em rota de colisão com o presidente regional da sigla e com o pré-candidato ao Senado Pedro Taques, porque acha que o movimento em prol da candidatura de Mendes é inviável e prejudica o processo de crescimento do partido e, com tais argumentos, defende o apoio à reeleição de Silval Barbosa (PMDB).