“Nunca vamos ter uma boa segurança pública no Estado da maneira que o governo atual faz a gestão de segurança pública em Mato Grosso”, avaliou o senador Jaime Campos, do Democratas (DEM), ao criticar a política do governo Blairo Maggi-Silval Barbosa para o setor, em evento realizado em Sinop.

A crítica principal foi com relação aos baixos salários pagos pela administração estadual.. “Em Goiás os salários são quase duas vezes maiores do que em Mato Grosso”, pontuou Campos, líder do arco de aliança da coligação “Jonas Pinheiro”, cujo candidato a governador é o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB).

Com discurso inflamado, Campos não economizou críticas nem à Polícia Federal. “Nós queremos Policia Federal combatendo tráfico e violência de Mato Groosso e não agindo contra os cidadãos de bem”, disparou.

Questionado sobre a referência que fez a PF, o parlamentar ponderou que existe uma necessidade maior de se empregar os policiais federais no trabalho ao tráfico, principalmente nas fronteiras de Mato Grosso e Bolívia. “As fronteiras são muito extensas, só com a Bolívia são mais de 700 quilômetros, a PF tem que ser melhor empregada”, explicou Jaime.

O discurso de Campos foi motivado, sobretudo, pelo crescente onda de violência nas regiões Norte e Médio Norte de Mato Grosso. Nos últimos três anos, segundo apurou o jornalista Alexandre Alves, da Correspondência do Olhar Direto em Sinop, cerca de 20 agências bancárias foram assaltadas nas duas regiões.

A reportagem do site apurou também que a escalada de assaltos pode ter patrocínio das facções do crime organizado do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, especialmente o PCC ( Primeiro Comando da Capital), cuja base é capital paulista, e CV (Comando Vermelho), com tentáculos partem da capital fluminense.

Atualizada e corrigida às 20h52