Alunos da rede estadual de Barra do Garças promoveram manifestações contra a falta de professores substitutos nas escolas e o risco de paralisação do ano letivo. Na escola Maria Lurdes Hora Morais, os alunos organizaram um protesto com cartazes e frases de ordem pedindo um posição do governo do estado e também do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que baixou portaria proibindo a contratação temporária de professores.

O impasse se deve ao número de professores que estão entrando de licença médica e deixando as salas de aula fechadas. O acórdão proibindo a contratação leva em consideração a legislação eleitoral que proíbe a contratação em período eleitoral para justamente não beneficiar o governo na cooptação de apoio

Na escola Dom José Selva, a situação é idêntica com a falta de professores e alunos voltando para casa sem estudar. Os pais reclamam com risco de parar as aulas e prejudicar o calendário escolar. “Nós vamos ter que repor aulas e estudar em janeiro. Isso não é justo” reclama uma aluna.

Na quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep) de Barra promoveu uma assembléia sobre esse assunto com os profissionais e convidou a Assessoria Pedagógica para buscar uma saída para o impasse. “Nós queremos um acordo no sentido que prejudique o ano letivo” frisou Omar Cirino, presidente do Sintep. Na assembléia houve uma proposta para que a Seduc consulte o juiz eleitoral de cada cidade quando houver necessidade de contratar.

O assessor pedagógico, Sergio Barrientos, informou que a assessoria jurídica do Secretaria de Educação de Mato Grosso (Seduc) já está trabalhando no sentido de buscar uma saída para esse impasse. “Todos sabem que a culpa não é do estado e que a proibição partiu da Justiça Eleitoral” destacou.

O assunto começa a ser explorado politicamente em Barra do Garças com a oposição ao governo estadual criticando a falta de professores substitutos. A rede estadual de Barra é composta por 19 unidades e tem 16 mil alunos.