O ex-procurador Pedro Taques (PDT), da coligação Mato Grosso Melhor Para você, afirmou que o eleitor de Mato Grosso está cansado de “blá, blá, blá”. A declaração ocorreu após ser questionado sobre o acalorado debate com o concorrente Antero Paes de Barro (PSDB), da coligação Jonas Pinheiro, sobre a hidrovia Paraná-Paraguai, discussão durante o debate dos candidatos ao Senado, promovido na noite de sábado (18) pela TV Rondon, afiliada do SBT.
“Tenho todo o respeito com o ex-senador Antero, assim como para com todos os outros candidatos. Mas o povo está cansado de ‘blá, blá, blá’ e conversa fiada. O mato-grossense é capaz de diferenciar que fala o que não faz e faz o que não fala”, asseverou Taques, em entrevista após o debate.
Antero havia acusado Taques de ter combatido a implantação da hidrovia quando atuava como procurador. Segundo ele, a concretização da hidrovia na dependia de obras e nem agressões ao meio ambiente, mas ainda assim o pedetista impediu até mesmo a realização de audiências públicas.
O ex-procurador, por sua vez, explicou ser totalmente favorável a implantação da hidrovia Paraná-Paraguai, entretanto, ser contra a forma com que ela estava sendo discutida naquele momento. “Eu sou a favor da hidrovia, mas sou contra ilegalidades, como aquela que estava sendo feita”, pontuou. “Tanto é que o TRF (Tribunal Regional Federal) nos concedeu ganho de causa”, concluiu.
Taques também rechaçou as comparações com Celso Pitta, ex-prefeito de São Paulo envolvido em um esquema de desvio de verbas, ou Fernando Collor de Mello, ex-presidente conhecido por ter realizado o confisco, usada por Antero para insinuar que o novo nem sempre é bom. “O Celso Pitta e o Collor eram novos sim, mas não é a ocasião que faz um ladrão. E dentro de mim não há um ladrão”, ratificou.
Ao lado de ‘fichas sujas’
Sobre o fato de Mauro Mendes (PSB) e Otaviano Pivetta (PDT), candidatos ao governo e a vice, respectivamente, não serem “ficha limpa”, como insinuou Antero, Taques afirmou inexistir problema em ser investigado, mas sim em ser denunciado, o que remeteria a alguma culpa. “O Pivetta nunca foi denunciado. Li os processos da Cooperlucas após sair do Minitério Público e pude constatar isso. Já quanto ao Mauro Mendes eu desconheço qualquer inquérito do qual ele faça parte”.
O coordenador jurídico da coligação Mato Grosso Melhor Para você, advogado Paulo Zamar Taques, salientou o fato de Mauro Mendes não ter sido citado no inquérito da Polícia Federal sobre compra de votos nas eleições de 2008 como investigado, mas sim como testemunha. “Ele não é alvo de nenhuma investigação e nunca foi. Ele foi chamado apenas como testemunha”, explicou.
