O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) anunciou a liberação de R$ 380,541 mil para a cadeia produtiva do leite em Mato Grosso, medida que vai beneficiar cerca de 70% dos produtores de leite do Estado. Os recursos estão sendo disponibilizados após insistente gestão do deputado federal Valtenir Pereira (PSB) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA/MT), através da Fundação de Amparo a Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Mato Grosso (FUNDAPER), junto ao Ministério.

De acordo com o chefe geral da Embrapa/MT, o investimento tem por finalidade apoiar a recuperação de pastagens degradadas com vistas a melhoria da produção e produtividade do rebanho do leiteiro do Estado de Mato Grosso. “O foco será na capacitação de pessoal técnico e de produtores”, destacou João Flávio Veloso Silva.

O Ministério já havia liberado em março R$ 100 mil para o setor, valor considerado insuficiente para a execução do projeto. A partir daí, a Embrapa solicitou a colaboração do deputado para obter a disponibilização do restante do recurso pleiteado. Há três meses o parlamentar vem articulando com o MAPA a conclusão do projeto.

Em agosto passado, Valtenir reuniu-se com o diretor de Departamento de Infraestrutura, Logística e Parcerias Institucionais da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Alfredo Souza, que comprometeu-se a ampliar os recursos. "A cadeia do leite é de suma relevância para o produtor. O deputado tem a minha palavra que não vou medir esforços para concretizar esse pedido”, ressaltou Alfredo durante a reunião realizada na semana passada na qual ficou definido o incremento.

Para o deputado Valtenir Pereira, produtores e população serão favorecidos com o projeto. "Com este recurso serão oferecidos cursos de qualificação para o produtor. Dessa forma, ele aumentará a sua produção e proporcionará um produto com mais qualidade para a população, que ainda poderá usufruir pelo um preço menor", observou o socialista.

Estima-se que 50 mil propriedades da agricultura familiar exerçam a atividade leiteira com fins comerciais. Porém, o baixo volume e a qualidade do leite produzido são fatores limitantes para uma efetiva contribuição da atividade na economia familiar.
Esses fatores são resultantes dos baixos índices de produção e produtividade do rebanho, atribuídos, principalmente, à alimentação e manejo deficientes em decorrência do nível de degradação das pastagens e da baixa aplicação de técnicas simples de manejo do rebanho.

O volume de leite produzido por produtor, no estado, está em torno 70 litros nas durante o período de chuva e 43 litros na seca, quantidades estas muito abaixo do volume mínimo econômico, que é da ordem de 150 a 200 litros/dia para que se possa obter lucro com a atividade.

Segundo o Sindicato das indústrias de Laticínio do Estado de Mato Grosso (SINDILAT/MT), a produção de leite constitui-se na principal atividade econômica para a maioria das propriedades em regime de economia familiar no Estado. Essas propriedades representam cerca de 70% do total, ou seja, 140 mil das 189 mil propriedades rurais existentes no estado.

O sindicato acredita que é necessária a introdução de tecnologias de formação e manejo de pastagens, de cultivo de capineiras para a produção de volumosos e de manejo do rebanho, é imprescindível ao desenvolvimento da cadeia produtiva do leite no Estado. Da mesma forma, será importante a capacitação tecnológica de forma continuada de técnicos que atuam no setor e a assistência técnica eficaz aos produtores de leite, por meio de cursos, reuniões técnicas, de instalação de URT (Unidades de Referência Tecnológica), dias de campo e de visitas às propriedades rurais, que serão o suporte metodológico para o alcance do objetivo almejado no projeto. (Com informações da assessoria de imprensa do deputado Valtenir Pereira).