O delegado da Polícia Federal, Paulo Tomaz e o promotor Marcos Brant ouviram nesta terça-feira (28) os depoimentos das testemunhas da prisão em flagrante do vereador e candidato a deputado estadual, Odorico Kiko (PT), detido por volta das 17h30 numa batida surpresa do promotor ao assentamento.

Por telefone, o promotor Brant disse que somente falaria nesse assunto nesta quarta-feira, bem como  o delegado Tomaz informou. A movimentação realizada em frente à delegacia da PF foi de parentes, amigos e correligionários do PT em defesa do vereador.

O candidato do PT é acusado de participar de uma reunião com intenção eleitoral com os assentados, aproveitando que seria o dia de distribuição de cestas básicas aos assentados.

A esposa do candidato, a professora Deise Cardoso, afirma que não houve distribuição de alimentos e de que o vereador estaria sendo vítima de armação do grupo político do prefeito Wanderlei Farias, que é o seu adversário político.

O petista Kiko, juntamente com Miguel Moreira (PTB), é oposição ao prefeito barra-garcense e já o denunciaram pelo aumento abusivo do IPTU, a implantação da "indústria da multa" e abandono de obras públicas como o parque da Grimalda. Recentemente Kiko pediu a devolução das multas de trânsito aplicadas de maio a junho quando ainda tinha 5% das autuações para os agentes de trânsito.

O candidato do PT foi para a delegacia acompanhado do seu advogado, Mauro Piauí, e dois agentes dentro de uma sala incomunicável. O delegado está ouvindo alguns trabalhadores rurais do assentamento para confirmar se houve ou não crime de distribuição de cestas.