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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Liderenças e empresários acreditam que a ETE de Juara será marco de novo ciclo econômico

- O início das obras de construção da Escola Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (ETE) de Juara é considerado pela população, principalmente pela comunidade empresarial do município, como um marco de um novo ciclo econômico, cujo perfil, contudo, ainda não está perfeitamente delineado. A nova unidade escolar, ligada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, poderá ser o eixo desse novo perfil, segundo as expecativas da maioria dos empresários entrevistados.


A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) já deu a ordem de serviço para início das obras de construção desse 'marco' e vai ter mais 5,600 metros quadrados. Uma equipe da Sinfra esteve reunida nesta terça-feira (28.09) com o prefeito Alcir Paulino para explicar como será o andamento das obras, já que a prefeitura é um dos parceiros, que inclui o Governo do Estado e o Governo Federal, que liberou parte dos recursos através do FNDE.

A classe empresarial é o segmento mais entusiasmado com o início das obras da ETE de Juara. A presidente da Associação Comercial e Empresarial de Juara, Irene Prieve do Nascimento, diz que ficou contente quando – durante uma recente colação de grau em Juara – a secretária de Ciências e Tecnologia, Ilma Grisoste anunciou a instalação da ETE do município. “Creio que é um grande avanço na educação de Juara”. Irene Prieve, empresária do ramo de farmácias, diz que dá mais valor ao curso técnico de Farmácia que ao curso universitário de Administração, ambos feitos por ela. Segundo Irene, o curso técnico “ensina” a fazer, prepara a pessoa para o mercado de trabalho diferente da universidade.

Outro ponto importante destacado pela empresária é a mudança do perfil da economia de Juara. De acordo com ela, com o fechamento das madeireiras há uma exigência de mudança do perfil econômico. O município precisa atrair investimentos na implantação de novas empresas que possam agregar valores na cadeia produtiva da pecuária. Mas as empresas só poderão se instalar se tiver a garantia de mão de obra qualificada. “Ninguém irá se instalar em Juara se tiver que importar mão de obra. A importação encarece e inviabiliza qualquer investimento, mesmo o de longo prazo. A ETE, nesse sentido, vai garantir a qualificação dos recursos humanos, bem como a geração de renda”.

Ela destaca ainda o fato de os jovens preparados, dentro de uma escola, “dentro de uma didática própria, sem os vícios que a gente – mesmo com boa vontade – acaba ensinando. Às vezes a gente pensa que está fazendo o bem, mas está fazendo errado”, analisa.

Irene Prieve também vê outra vantagem. O jovem de Juara não vai precisar sair da cidade para se qualificar. Por várias vezes quando o jovem sai de sua cidade para estudar em outra ele acaba quebrando os laços afetivos com sua cidade natal e se enraizando no outro município.

O empresário Hélio Alves Conceição e Carmo, proprietário de um pequeno restaurante de comida à quilo, diz que a comunidade já vem cobrando a instalação de uma escola como essa a muito tempo. “Vai cobrir uma lacuna muito grande, que a tempos estávamos cobrando das autoridades”, afirma. Ele diz que tem muita dificuldade para contratar mão de obra qualificada, para iniciar imediatamente, sempre é preciso ensinar alguma coisa, o que acaba dificultando, já que a empresa é pequena e não sobra tempo disponível para treinar funcionários.

Além disso, cita o seu próprio caso, como pai de dois filhos que tiveram de estudar fora de Juara. O primeiro se formou em um curso técnico na cidade de Cáceres e agora é a filha cursando fora. Segundo ele, os custos de manutenção de um filho estudando fora de casa é muito grande, pois tem aluguel de casa e comida, o que não teria se fosse na própria cidade. “Isso sem contar com a preocupação, que a mãe, principalmente, sente quando o filho ou a filha está longe”.

A empresária Lirian de Fátima Alécio, no ramo de hotelaria há pouco mais de 20 meses, diz que a “expectativa dos empresários é muito grande. Queremos que essa escola comece a funcionar o quanto antes”. Lirian de Fátima diz que sente muita dificuldade para contratar pessoas com experiência, que esteja dentro daquilo que ela deseja oferecer aos hóspedes de seu hotel.

Todos, de modo geral, quase que num coro uníssino, acreditam que o início das obras da ETE de Juara será um marco. A empreiteira, segundo o engenheiro Joel de Barros Fagundes Filho, com exceção do engenheiro responsável e do mestre de obras, e toda a mão de obra será contratada em Juara. “Só aí já é uma injenção de ânimo na economia do município”.
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