Um sentimento de frustração tomou conta de Barra do Garças e do Vale do Araguaia que não conseguiram eleger nenhum deputado estadual pela primeira vez. E um dos motivos teria sido o número excessivo de candidatos.

Foram 17 candidatos a deputado estadual, e o que tinha mais chance, o deputado estadual Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB), não conseguiu repetir a votação de 2006, ficando com 17.678 votos abaixo dos 26 mil que fez na eleição passada. O peemedebista já havia alertado sobre o risco de não eleger nenhum deputado no Araguaia devido ao número de candidatos, mas mesmo assim estava esperançoso que conseguiria repetir a votação do pleito passado.

A divisão dos votos já começou em Barra do Garças de onde saíram seis candidatos a deputado estadual, que racharam os 28 mil votos válidos dos 41 mil eleitores da cidade. O candidato do prefeito Wanderlei Farias (PR), o advogado Cândido Teles (PSB) obteve 5.683 votos e no geral 9.609, insuficiente para elegê-lo, e Teles ficou na 3ª suplência. O deputado Daltinho ficou em 2º lugar na Barra com 4.749 votos e somando no geral 17.678 votos ficando na 4ª suplência do PMDB.

O candidato Leandro Soares (PP), filho do conselheiro Alencar Soares, teve 3.428 votos na Barra e no geral 13.376. O filho do conselheiro ficou na sexta suplência do PP. Os vereadores Miguel Moreira (PTB) e Odorico Kiko (PT) que foram candidatos fizeram 2.991 e 2.760 votos, respectivamente, na Barra. No geral, o petebista ficou com 3.889 e o petista 3.413 votos.

Outros candidatos do Araguaia que foram bem votados, mas passaram longe de ir para Assembléia Legislativa, o ex-secretário Neldo Egon 12.219 e o ex-prefeito Selso Carvalho 8.032 votos.

Em mais de 40 anos de política, Barra do Garças não teve comemoração ao final da eleição. Os cabos eleitorais tiveram que enrolar as bandeiras e voltar prá casa. Nas últimas eleições, Barra tinha conseguido emplacar pelo menos 1 deputado foi assim em 2006, foi Daltinho; em 2002 e 98, Alencar; em 94, Joaquim David dos Santos, o Quinca.

No passado, na década de 80, Barra conseguiu eleger 4 deputados: Sebastião Júnior, Roberto Cruz, José Arimatéia e Antônio Joaquim; um federal, Ladislau Cristino Cortes; senador Valdon Varjão e um vice-governador Wilmar Peres, que depois assumiu o governo de MT por 9 meses e Roberto Cruz foi presidente da Assembléia Legislativa.

Um dos motivos para queda da região Araguaia é que densidade populacional que é menor do norte, sul e baixada cuiabana.

FEDERAL

A disputa para Câmara Federal teve um barra-garcense no páreo, o filho do ex-governador Wilmar Peres, Roberto Farias, que somou 10.781 votos dos quais 8.869 conquistados de Barra. Beto foi o mais votado de Barra do Garças e ficou como 4º suplente do PP. O pecuariata Eduardo Moura ficou em 3º lugar na Barra com 6.578 votos e no geral 43.402 votos na primeira suplência de novo de Valtenir Pereira(PSB). 

O deputado reeleito Welinton Fagundes, que fez dobradinha com Daltinho e teve apoio de wanderlei, ficou em 2º na Barra com 6.662 votos e no geral 145 mil votos se tornando o mais votado em MT para a Câmara Federal.