O senador Blairo Maggi (PR) firmou Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para cessar, minimizar e recuperar áreas degradadas de uma fazenda de propriedade dele, em Rondonópolis. O dano ambiental foi fixado em R$ 5 mil por hectare de área de reserva legal degradada.

O TAC publicado no Diário Oficial da União não especifica quantos hectares terão que ser recuperados na fazenda de Maggi, nem o prazo para tal. O termo é um dos primeiros passos para regularização da situação ambiental do imóvel rural, visando obtenção da Licença Ambiental Única (LAU).

Blairo Maggi já foi o maior produtor individual de soja do mundo e chegou a ser “premiado”, pelo Greenpeace, em 2005, com o troféu “moto-serra de ouro”, que era simbolicamente concedido às pessoas que contribuíam com o desmatamento. Depois, o ex-governador passou a ser considerado, por alguns ambientalistas, modelo de gestor que defende o meio ambiente, e recebeu bombons de cupuaçu do Greeenpeace.

Centenas de produtores rurais do Estado estão assinando o TAC para recuperação de reservas. Depois, os fazendeiros devem colocar em prática o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), que é monitorado pela Sema. De acordo com a regulamentação estadual, os que assinarem o TAC e não recomporem as áreas de preservação permanente tem a licença ambiental cancelada.