A pesquisa e a extensão rural no Mato Grosso estão sucateados, com escassez de funcionários, falta de apoio e estrutura para trabalhar e desenvolver a agricultura familiar do Estado. O alerta foi feito pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Assistência Técnica e Extensão Rural e Pesquisa Pública de Mato Grosso (Sinterp), Gilmar Brunetto, que participou em Brasília, do lançamento da Frente Parlamentar de Apoio à Extensão Rural.

Segundo Brunetto, a Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer) está passando por um processo de sucateamento e precisa de apoio dos parlamentares e atenção especial opor parte do governo do Estado. Em 1990 a empresa possuía 1047 funcionários. Em 2011, o número de funcionários caiu para 370. Destes, 80 são aposentados que continuam ativos e outros 144 são ocupados por cargos comissionados.

“Estamos vivendo um momento muito difícil com falta de pessoal. Existem 150 mil agricultores no Estado. A relação ideal extensionista deveria ser de um funcionários para grupo de 106 famílias. Mas hoje estamos muito aquém desta realidade”, destacou.

De acordo com o presidente do Sindicato, nos 141 escritórios locais faltam veículos e recursos para custeio. Ele lembra que o Sinterp pediu audiência com o governador Silval Barbosa (PMDB) e ainda não foi atendido.

A pauta do sindicato é extensa. Eles cobram a realização de concurso público para ocupar 500 profissionais da área, exigem a criação de um plano de cargos e salários decente, pedem recursos para custeio para os ecrritórios e defendem reajuste do salário da tabela profissional, coforme Lei 4950-A de 22 de abril 1966, com base no piso da categoria, que esta estabelecido em R$ 8,5 salários mínimos.

“Depositamos todas as nossas fichas no deputado Zé Domingos, que assumir a Seder. Ele foi um grande extensionista, conhece a situação de sucateamento da Empaer e será nosso parceiro. O governador Silval Barbosa precisa ouvir a atual diretoria, que está totalmente engessada”, afirmou.