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Sábado, 22 de junho de 2024

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7 de abril

Médicos suspendem atendimento aos planos de saúde

Atenção aos usuários da rede privada de assistência médica. No dia 7 de abril, os 160 mil médicos credenciados por operadoras de planos de saúde irão suspender em todo o país e apesar de só manterem os atendimentos de urgência e emergência, as entidades organizadoras do evento garantem que os cerca de 45 milhões de usuários do sistema suplementar não serão prejudicados.


Vale destacar que em Mato Grosso os médicos da rede estadual estão em greve e os profissionais dos municípios já estudam a possibilidade de paralisar as atividades em apoio à categoria que é contrária a contração de Organizações Sociais (OS) para administrar os hospitais públicos.

Um dos objetivos da interrupção é justamente a melhoria na prestação de serviços aos pacientes, que hoje chegam a esperar até três meses para marcação de uma consulta em algumas especialidades e sofrem com a interferência das operadoras nos diagnósticos e tratamentos.

Pesquisa realizada pelo Datafolha revela que 92% dos médicos credenciados reclamam que as operadoras interferem nos diagnósticos e nos tratamentos dos pacientes. Hoje, muitos planos de saúde recusam procedimentos que só os médicos podem decidir se são ou não necessários.

As três entidades nacionais que organizam a suspensão – Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) – estão divulgando documento para todos os cidadãos brasileiros que possuem planos de saúde, esclarecendo os motivos e alertando a sociedade sobre os riscos de prejuízos à saúde por conta do descaso das empresas do setor com os médicos e pacientes.

Na carta aberta à população os médicos também garantem que todos aqueles com consultas marcadas para o dia 7 de abril serão atendidas em uma nova data e pedem que remarquem suas consultas.

“Trata-se de um ato em defesa da saúde suplementar, da prática segura e eficaz da medicina e, especialmente, por mais qualidade na assistência aos cidadãos. O objetivo é protestar contra a forma desrespeitosa com que os médicos e os pacientes são tratados pelas empresas que atuam no setor. Os planos de saúde interferem diretamente no trabalho do médico: criam obstáculos para a solicitação de exames e internações, fazem pressão para a redução de procedimentos, a antecipação de altas e a transferência de pacientes”, destaca o documento.

Diretrizes

Além da melhoria na qualidade do atendimento aos usuários, o movimento tem outras diretrizes, que são organizar a luta por reajustes de honorários, exigir a regularização dos contratos entre operadoras e médicos, já que muitos contratos são irregulares, sem cláusulas de periodicidade e critérios de reajustes, contrariando determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); e promover ações no Congresso Nacional, visando à aprovação de projetos de lei que contemplem a relação entre médicos e planos de saúde.

Abaixo, carta aberta à população divulgada pelas entidades médicas nacionais


Prezado cidadão, prezada cidadã

Os médicos de todo o País irão suspender o atendimento aos planos e seguros de saúde no próximo 7 de abril, Dia Mundial da Saúde.

Nesse dia, os médicos não realizarão consultas e outros procedimentos. Os pacientes previamente agendados serão atendidos em nova data. Todos os casos de urgência e emergência receberão a devida assistência.

A paralisação é referendada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo conjunto das sociedades de especialidades médicas.

Trata-se de um ato em defesa da saúde suplementar, da prática segura e eficaz da medicina e, especialmente, por mais qualidade na assistência prestada aos cidadãos.

O objetivo é protestar contra a forma desrespeitosa com que os médicos e os pacientes são tratados pelas empresas que atuam no setor.

Os planos de saúde interferem diretamente no trabalho do médico: criam obstáculos para a solicitação de exames e internações, fazem pressão para a redução de procedimentos, a antecipação de altas e a transferência de pacientes.

Os contratos entre as operadoras e os médicos também são irregulares, estão em desacordo com as normas estabelecidas pela Agencia Nacional de Saúde Suplementa (ANS).

Nos últimos dez anos, os reajustes dos honorários médicos foram irrisórios, enquanto os planos aumentaram suas mensalidades bem acima da inflação.

Alertamos a sociedade que tal situação é hoje insustentável, com riscos de sérios prejuízos à saúde e à vida daqueles que decidiram adquirir um plano de saúde, na busca de uma assistência médica de qualidade.

As empresas de planos de saúde precisam urgentemente atender a reivindicação das nossas entidades, estabelecendo regras contratuais claras que respeitem a autonomia do médico e definam critérios e periodicidade de reajustes dos honorários profissionais.

É necessário também que a ANS exerça seu papel fiscalizador, exigindo dos planos de saúde o cumprimento da regulamentação.


Associação Médica Brasileira

Conselho Federal de Medicina

Federação Nacional dos Médicos


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