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CPI das PCH's

Ex-diretor do Intermat acusa Maggi e Daldegan de omissão em fraudes

Maggi e Daldegan foram omissos em esquema das PCHs, segundo servidor

12 Mai 2011 - 17:50

Da Redação - Alline Marques e Priscilla Vilela

Foto: Alline Marques-OD

Carlos Barros é ex-diretor do Intermat e denunciou esquema de fraude

Carlos Barros é ex-diretor do Intermat e denunciou esquema de fraude

O engenheiro do Instituto Mato-Grossense de Terras (Intermat) Carlos de Barros, ex-diretor do órgão, denunciou duas pequenas centrais hidrelétricas de terem falsificado os documentos para conseguir a liberação ambiental as Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e ainda o ex-governador e senador, Blairo Maggi (PR), e o ex-secretário de Meio Ambiente Luiz Henrique Daldegan, por omissão.


A denúncia teria chegado ao conhecimento de ambos ainda no ano de 2007, mas nenhuma providência teria sido tomada. A acusação foi feita na tarde desta quinta-feira (12) em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga os processos de concessão para usinas e Pequenas Centras Hidrelétricas (PCHs) em Mato Grosso nos últimos dez anos.

As PCHs denunciadas são a Nhandu e Rochedo, ambas localizadas no município de Novo Mundo. Segundo Barros, toda a documentação utilizada pelos empresários da família Junqueira e Vilela, são "frios".

O servidor foi responsável por analisar as fraudes processuais e teria entregue o relatório para a ouvidoria do Estado em dezembro de 2007, na época, sob o comando de Gilson de Barros. Ele garante ainda,que tanto Maggi quanto Daldegan tiveram acesso as informações, mas nada teria sido feito.

Barros entregou ainda uma cópia do documento entregue à ouvidoria do Estado em 2007. No relatório, ele informou que em vistoria in loco na Gleba Cristalino, localizada nos municípios de Novo Mundo e Guarantã do Norte, foi constatado que a família Junqueira e Vilela ocupavam mais ou menos 100 mil hectares de terra e tentavam estabelecer posse e domínio da propriedade através de documentação que informava pertencer parte da fazenda à Colíder Melhoramentos Ltda..

E a parte remanescente da área era decorrente de uma permuta realizada entre o Intermat e o proprietário de um título de mais ou menos 500 hectares em Dom Aquino. Em troca, receberia uma área de 360 mil hectares de terra em Novo Mundo e Guarantã do Norte.

O laudo foi emitido por um técnico do Intermat e em 1997 foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa que condenou a avaliação da permuta, declarando-a nula, e pediu o afastamento de dois servidores do órgão: Carlos Alves Soares e José Maria da Costa Nery.

De acordo com o relatório elabora pelo ex-diretor do Intermat, as irregularidades são grotescas e conta ainda que a notícia-crime foi feita ao ex-secretário Luis Henrique Daldegan.

O senador Blairo Maggi (PR) já estava no alvo da CPI das PCH's devido o Grupo Amaggi ter sido denunciado por favorecimento para as concessões das pequenas centrais hidrelétricas, agora com mais uma denúncia, a comissão poderá convocar o parlamentar republicano para prestar esclarecimento sobre os fatos.

Barros foi diretor do Intermat ainda no governo de Carlos Bezerra (PMDB), quando o secretário da área era o então deputado Percival Muniz (PPS).

Outro lado

Por meio da assessoria, o senador Blairo Maggi (PR) disse não ter conhecimento das denúncias e irá se informar sobre o assunto para se pronunciar no momento adequado.

Quanto a possibilidade de vir a ser convocado para prestar depoimento à CPI, Maggi diz não ter nada a esconder.

Atualizada às 19h30
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