Trabalhadores da saúde de Várzea Grande - 173 agentes comunitários de saúde e 143 agentes comunitários de endemias - realizaram um protesto em frente à sede da prefeitura para reivindicar a efetivação das categorias.

De acordo com informações da advogada da Frente Parlamentar dos Agentes Comunitários de Saúde de Mato Grosso, Luciana Zamproni, os agentes já se reuniram com todos os prefeitos que estiveram no comando da prefeitura nos últimos meses e todos garantiram atender as reivindicações, mas devido ao "entra e sai" nenhum resolveu o problema.

A crise político-administrativa do município teve início em março deste ano, quando a Câmara de Vereadores aprovou o afastamento do prefeito Murilo Domingose do vice Tião da Zaeli (ambos do PR), para realizar as investigações da comissão processante.

Na época, o vereador João Madureira (PSC), presidente da Câmara, assumiu o comando do Paço Couto Magalhães. O parlamentar articulu e conseguiu encerrar a greve dos médicos, mas não durou muito tempo no cargo e foi substituído por Zaeli, por meio de decisão judicial. Porém, outra liminar determinou o retorno de Murilo Domingos ao comando da prefeitura.

Luciana ressaltou que esta solicitação já se arrasta há cinco anos. “Esta efetivação já era pra ter acontecido. Em 2006, foi aprovada uma emenda constitucional e uma lei complementar que garante este recurso aos trabalhadores. Em Mato Grosso, cerca de 50 municípios já efetivaram os agentes, mas Cuiabá e Várzea Grande ainda não”, afirmou a advogada.

Segundo Zamproni, na segunda-feira (9) Murilo Domingos já havia marcado uma reunião com representantes das categorias, que foi cancelada e remarcada para hoje às 9h, mas até o momento o prefeito não atendeu o grupo.

Uma comissão de oito agentes e a advogada estão na sala de espera, aguardando alguma resposta, e de acordo com o que for tratado eles irão fazer protestos e paralisações.

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