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Dorileo acusa MPF de fazer 'politicagem' para tirá-lo da eleição

O empresário João Dorileo Leal, superintendente do Grupo Gazeta de Comunicação, negou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, que tenha qualquer tipo envolvimento com o esquema de lavagem de dinheiro oriundo do 'jogo do bicho'...

20 Mai 2011 - 13:06

Especial para Olhar Direto - Laura Petraglia

Foto: Reprodução

Dorileo acusa MPF de fazer 'politicagem' para tirá-lo da eleição
O empresário João Dorileo Leal, superintendente do Grupo Gazeta de Comunicação, negou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, que tenha qualquer tipo envolvimento com o esquema de lavagem de dinheiro oriundo do 'jogo do bicho' comandando por João Arcanjo Ribeiro, e afirma que esse ‘café requentado’ da operação Arca de Noé de 2002, se trata de uma manobra política para impedir que ele dispute as eleições municipais da Capital no ano que vem.


Ele disse também ter certeza de que o plano de ‘tira-lo do caminho’, teria partido de pessoas com ‘livre acesso’ ao Ministério Público Federal ( sem citar nomes), por conta das demonstrações que tem dado de interesse em ingressar na carreira política já nas próximas eleições para Prefeito de Cuiabá.

“Isso é bem coisa de gente que bate e esconde a mão. São manobras políticas para tentar denegrir meu nome, minha imagem. ‘Eles’ estão tentando encontrar algum defeito em mim, mas não vão encontrar”, declarou ele ao citar que possui uma gravação, datada de 2002, quando foi citado na ‘Operação Arca de Noé’, em que durante um depoimento dele ao MPF, o então procurador do caso, Pedro Taques, afirmava que não havia sido encontrado nada em relação a ele durante as investigações.

Dorileo, como é conhecido, já havia sido indiciado pela Polícia Federal, mas agora o Ministério Público Federal ofereceu denúncia perante a Justiça Federal contra ele por envolvimento com o esquema de lavagem de dinheiro oriundo do 'jogo do bicho' comandando por João Arcanjo Ribeiro.

A investigação instaurada para apurar o envolvimento do empresário João Dorileo Leal é um desmembramento de outros dois processos relacionados à Operação Arca de Noé, que investigaram, processaram e estão julgando diversas pessoas envolvidas na organização criminosa comandada por João Arcanjo Ribeiro por diversos crimes, entre eles evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, crimes contra a administração pública e falsidade ideológica.

Durante entrevista ao Olhar Direto, Dorileo afirmou que a única vez que em fez negócio com uma das empresas de Arcanjo, foi uma transação de factoring para uma das empresas do Grupo Gazeta, mas que se tratava de uma negociação totalmente lícita, declarada em imposto de renda.

Segundo o MPF, num período de 15 dias, em agosto de 2002, ele recebeu um total de R$ 2,5 milhões das empresas Confiança Factoring, One Factoring e Cuiabá Vip Fomento, todas empresas de propriedade de João Arcanjo Ribeiro, tendo plena consciência de que tais valores eram oriundo de crime. A denúncia do MPF foi proposta no dia 12 de maio e aguarda o recebimento por parte da Justiça Federal.

Com intuito de dissimular a procedência ilegal do dinheiro, Dorileo, que recebeu o montante dividido em vários cheques, fazia o saque na boca do caixa, depositava em contas bancárias pessoais ou do grupo de comunicação em pequenos valores bancários que não chamam a atenção e escaparam às normas administrativas de controle, impostas às instituições financeiras.

Para completar a 'lavagem' do dinheiro, os valores depositados nas contas pessoas, eram transferidos para as contas do Grupo Gazeta e usados para o pagamento de fornecedores ou de despesas do grupo de comunicação.
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