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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Adoção e violência são debatidas na reunião da Comissão de Direitos Humanos

Membros da Comissão Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, ao Adolescente e ao Idoso, da Assembleia Legislativa (AL), presidente deputado Emanuel Pinheiro (PR), os deputados Luiz Marinho (PTB) e Ezequiel Fonseca (PP), realizada na tarde desta quinta-feira (09), se reuniram para apresentar dados atualizados sobre adoção no Estado de Mato Grosso, debater projetos e tratar da situação das famílias vítimas de violência no Estado.


O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Emanuel Pinheiro (PR), convidou o presente da Associação das Famílias Vítimas de Violência de Mato Grosso (AFVVMT), Heitor Geraldo Reyes, para fazer uma explanação sobre o Seminário “Meus Heróis Morreram de Overdose”, a ser realizado no dia 21 de junho, na Associação de Municípios de Mato Grosso (AMM).

Segundo Heitor esse seminário foi desenvolvido para retratar uma realidade que tem destruído famílias, de acordo com pesquisa realizada pela associação, 80% das violências praticadas o cidadão está drogado ou alcoolizado. “Pesquisando sobre isso chegamos à conclusão da necessidade de uma lei para “fechamento” de bares, aqui no nosso Estado chamamos de “Viva a Vida””, apontou.

Heitor esclareceu que os bares não são fechados eles passam por adequações, horário para encerrar expediente, som alto, proibição de menores consumindo bebidas alcoólicas e cigarros, estacionamento adequado para os clientes, estabelecendo regras.

“A Comissão de Direitos Humanos da AL vai levantar essa bandeira, vai trabalhar para conscientizar a população que o álcool e as drogas são agentes indutores da onda de violência”, se comprometeu Pinheiro.

O parlamentar se fundamentou em alguns números que indica o alto índice de violência por faixa de idade, causada pelo álcool: 23% dos casos são menores de 16 nos; 37% de 16 a 20 anos; 57% de 21 a 29 anos; 53% de 30 a 45 anos e 38% de 46 a 67.

A presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), Lindacir Rocha Bernardon, retratou os preconceitos existentes sobre a questão da adoção e as dificuldades da adoção tardia, das crianças com algum tipo de deficiência.

Lindacir mostrou ainda o número de crianças institucionalizadas no Estado. Em Mato Grosso são 495 sob responsabilidade do Estado, prontas para adoção são 64 crianças, distribuídas em 43 instituições. São 32 crianças do sexo feminino e 34 masculino.

“Gostaria de esclarecer que 495 não quer dizer que estejam aptas a adotar, por que muitas dessas crianças e adolescentes acabam voltando para as famílias de origem”, apontou.

De acordo com a presidente da Associação, uma das grandes dificuldade é que as pessoas delegam um perfil de criança e se não for daquele jeito não serve. “Aqueles que não se encaixam no perfil, infelizmente, vão ficando por último. Quero lembrar que por meio do amor a gente consegue mudar qualquer situação, por mais difícil que ela seja, eu por exemplo sou mãe de três filhos adotivos”, explanou Lindacir.

A presidente da Ampara ressaltou que apoio da Comissão de Direitos Humanos da AL é fundamental para desmistificar todos os mitos que assombram o tema adoção.

A Ampara sugeriu ao presidente Emanuel Pinheiro a necessidade de se construir um Centro de Apoio para encaminhar os adolescentes que chegam aos 18 anos e deixam os abrigos. “Com a abertura dessa casa de passagem esses jovens seriam preparados para o mercado de trabalho e até mesmo para a vida pessoal”, registrou.

A jovem Ana Regina Rocha Bernardon, 15 anos, filha adotiva da presidente da Ampara, relatou sua experiência de vida. “Fui entregue ao abrigo por uma vizinha da minha mãe biológica, e durante o tempo que fiquei no abrigo passei por várias famílias, e sempre por determinação de juízes acabava voltando ao abrigo, até que um belo dia um casal iluminado, que são meus pais hoje, conseguiram me adotar aos seis anos de idade. O meu caso foi à chamada adoção tardia, onde as dificuldades começam a aparecer por que são poucos os querem adotar quando a criança já é grande”, contou Ana Regina.

A comissão da AL garantiu que vai somar forças com as instituições de Adoção, e vai apoiar e por em prática os projetos da Ampara. “A comissão abraçou a causa. Nós vamos deixar de ser apenas expectadores e vamos ajudar essas crianças e adolescentes” comentou e acrescentou que a comissão vai visitar a Ampara.

Também entrou em pauta da reunião o Projeto de Lei nº 197/2010, de autoria do deputado J. Barreto (PR), que estabelece sistema de cotas para jovens que estão em abrigo para adoção. Pinheiro ressaltou sobre a urgência de ser aprovado e os participantes agradeceram a iniciativa.
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