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Articulação de bastidores

PR luta para manter Ministério dos Transportes e Dnit; Maggi é cotado

06 Jul 2011 - 16:59

Da Redação - Laura Petraglia / Da Editoria - Marcos Coutinho

Após a confirmação do pedido de desligamento do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, agora há pouco em Brasília, o Partido da República (PR) passa a lutar, nos bastidores, para manter o comando político da pasta e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).


Isso porque, diante da crise surgida com a denúncia da revista Veja, o Partido dos Trabalhadores e (PT) e PMDB passaram a cobiçar como nunca o controle político-administrativo desses órgãos.

De acordo com matéria publicada há pouco no ste Folhaonline, a queda de Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes, suspeito de integrar um esquema de corrupção com pagamento de propinas, abre espaço para que o senador Blairo Maggi (PR-MT) assuma a pasta. Outra opção avaliada é Paulo Sérgio Passos, atual secretário-executivo do ministério.

Maggi teria sido sondado discretamente pelo Planalto no começo da semana, no mesmo dia em que a Presidência da República emitiu uma nota manifestando "confiança" no ministro. Na primeira conversa, Maggi teria dito a interlocutores que se trata de um ministério problemático. Em conversas seguintes, porém, mandou sinais de que poderia ocupar a vaga pelo PR, que comanda os Transportes.

Segundo uma fonte ligada ao PR, Maggi saiu contrariado da reunião ocorrida no Palácio do Planalto em que ficou definida a saída de Alfredo Nascimento do comando ministério. "Ele saiu até antes de todo mundo da reunião e não gostou do teor do encontro e da decisão da presidente Dilma", revelou a fonte.

Nos bastidores, os parlamentares do PR começam a se movimentar no sentido sinalizar ao Palácio do Planalto, que o partido que ajudou na eleição da presidente Dilma Roussef merece continuar a comandar as Pastas.

Alfredo Nascimento (PR-AM), entregou o cargo na tarde de hoje após fortes pressões, inclusive de seu próprio partido, em decorrência das denúncias de mensalão no Partido da República. A situação se agravou depois de apontamentos de que seu filho, Gustavo Morais Pereira, tenha acumulado uma riqueza estimada em R$ 50 milhões.

Historicamente o Ministério dos Transportes sempre foi reduto do PMDB, e isso só foi quebrado a partir do governo de Luiz Inácio da Silva (PT), que num ato de boa vontade cedeu a indicação do comando do Ministério e do Dnit para o seu vice, José Alencar, que à época indicou Anderson Adauto (PL).

A presidente Dilma Roussef (PT) determinou, no sábado de manhã (2), o afastamento de Pagot; do presidente da Valec Engenharia, José Francisco das Neves, o ‘Juquinha’; do chefe de gabinete do Ministério dos Transportes, Mauro Barbosa; e do assessor daquela pasta, Luiz Tito. De acordo com a reportagem da revista Veja, que denunciou o ‘Mensalão do PR’, representantes do PR, partido que comandam o Ministério dos Transportes, funcionários do Ministério e das autarquias (Dnit e Valec) teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras.

De acordo com a publicação da revista, esses órgãos cobravam um "pedágio político" de 4% sobre o valor das faturas recebidas. Em troca, garantiam o sucesso desses fornecedores nas licitações, permitiam superfaturamento de preços e deixavam correr solto os aditamentos, que resultavam na elevação do valor das obras.

A Veja teria conversado com parlamentares, assessores presidenciais, policiais e empresários, consultores e empreiteiros. A reportagem ouviu deles a confirmação de que o PR cobra propina de seus fornecedores em troca de sucesso em licitações, dá garantia de superfaturamento de preços e fecha os olhos aos aditivos, alvo da ira da presidente na reunião do dia 24.

O esquema denunciado seria encabeçado pelo deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que em 2005 foi obrigado a renunciar a uma cadeira na Câmara dos Deputados para não ser cassado no escândalo do mensalão.

Leia a matéria da Folha na íntegra:

A queda de Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes, suspeito de integrar um esquema de corrupção, abre espaço para que o senador Blairo Maggi (PR-MT) assuma a pasta. Outra opção avaliada é Paulo Sérgio Passos, atual secretário-executivo do ministério.

Nascimento apresentou sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira. O PR discute agora com o governo quem o substituirá.

Maggi foi sondado discretamente pelo Planalto no começo da semana, no mesmo dia em que a Presidência da República emitiu uma nota manifestando "confiança" no ministro. Na primeira conversa, Maggi teria dito a interlocutores que se trata de um ministério problemático. Em conversas seguintes, porém, mandou sinais de que poderia ocupar a vaga pelo PR, que comanda os Transportes.

A situação de Nascimento se deteriorou nas últimas horas. Até mesmo integrantes do PR começaram a vazar a informação de que o ministro estava fora do governo, quando a definição ainda não estava sacramentada no Planalto. Este é o segundo ministro a cair em apenas seis meses de governo.

Resposta


Ao deixar a reunião, Maggi foi questionado por jornalista se ele seria o novo ministro. A resposta foi um sinal da cruz e um "Deus me livre".

Maggi chegou a falar para Ideli que estava chateado com a "injustiça" feita com o diretor-geral do Dnit, Luiz Pagot. Principal alvo das denúncias de superfaturamento de obras e pagamento de propina, Pagot estava entre os integrantes da cúpula dos Transportes que a presidente determinou o afastamento.

Atualizada às 17h23

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