Líder estudantil, aguerrido militante, vereador, candidato a prefeito em Cuiabá e atualmente secretário do Fundo do Centro Oeste, no Ministério da Integração Nacional, Totó Parente avalia que o projeto do vice-governador Silval Barbosa de disputar a eleição de governador em 2010 "revigora" o PMDB em Mato Grosso. O último candidato do PMDB ao governo do Estado foi Carlos Bezerra, atualmente deputado federal, que foi eleito em 1986, na sucessão de Júlio Campos, hoje conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado (TCE)

"Apesar de ter sido lançada internamente, é bom que se diga isso, a pré-candidatura do Silval é muito importante para o PMDB no Estado, porque todo e qualquer projeto de fortalecimento partidário precisa passar, necessariamente, pelo lançamento de candidaturas próprias, em todos os níveis", analisou Totó, no começo da manhã deste domingo, em entrevista exclusiva para o Olhar Direto.

Na avaliação do secretário executivo do FCO, as chances de a candidatura de Silval Barbosa decolar na coligação são grandes porque não existe nada imposto de cima para baixo. Segundo ele, todos os partidos aliados foram informados de que o PMDB iria lançar a pré-candidatura de Silval internamente e prestigiaram o evento, ocorrido na sexta-feira pela manhã.

"O PMDB apenas colocou o seu nome à disposição da coligação que hoje dá sustentação ao governador Blairo Maggi, de forma legítima, transparente e na base do diálogo, sem imposição. Isso não equivale a dizer que já está tudo certo, pois todos os partidos têm o mesmo direito. O DEM tem em Jaime Campos (senador) o seu nome. O PR tem hoje Sérgio Ricardo (deputado estadual) e Mauro Mendes. O PT ainda está indefinido, mas pode também indicar seu pré-candidato", pondera Parente.

Para Totó Parente, as articulações estão apenas começando e nada ainda está definido em termos de candidatura. Prova maior, exemplifica, foi o convite feito pelo vice-governador ao juz federal Julier Sebastião da Silva para que o magistrado se filie no PMDB. Julier também tem a pretensão de disputar o cargo de governador nas eleições do próximo ano. 

O mais importante, ressalta o peemedebista, é que as discussões estão sendo ampliadas e os partidos já começam a se mobilizar. "Todos os pré-candidatos são legítimos e temos que esgotar o diálogo para que possamos construir uma candidatura viável em 2010 com uma aliança que possa dar contituidade à atual gestão e ampliando os programas sociais no Estado", conclui.