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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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ATÉ QUE ENFIM

Land Rovers custaram R$ 226 mil; Diógenes e Gefron defendem compra

Foto: Edson Rodrigues/Agecopa

Land Rovers custaram R$ 226 mil; Diógenes e Gefron defendem compra
O secretário Estadual de Segurança Pública, Diógenes Curado, e o coordenador do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Antônio Ibanez, quebraram o silêncio e se posicionaram sobre a compra das 10 Land Rovers Defender equipadas com tecnologia russa. Ambos consideraram o investimento de R$ 14 milhões importante para garantir a segurança na fronteira.


Em nota, o governo do Estado também aproveitou para detalhar os equipamentos e os valores. Vale destacar que cada veículo customizado foi adquirido pelo valor de R$ 226,37 mil. Valor acima do mercado, mas deve-se ao fato de ter sido adequado para a realidade do solo mato-grossense.

O secretário informou ainda que o Conjunto Móvel Autônomo de Monitoramento (Comam) não será utilizado apenas na fronteira, mas também no combate a assaltos a banco. “Quando esses assaltos acontecem, os criminosos se escondem no meio de extensos matagais e é muito difícil localizá-los. Com os radares, os bandidos não terão mais onde se esconder. Serão encontrados por meio do rastreamento pelas equipes policiais”, aponta o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado.

Curado também rebateu as críticas de que a defesa de fronteira deve ser feita pelo Governo Federal e destacou que o assunto também é de prerrogativa do Estado, uma vez que afeta diretamente a população mato-grossense. “A visão de que só a União deve combater os crimes de fronteira é ultrapassada. Mato Grosso aderiu ao Plano Nacional Estratégico de Segurança Pública na Fronteira e o Gefron é modelo no país todo”, destaca Diógenes.

O coronel Ibanez destacou que os veículos facilitarão o trabalho dos policiais, que atualmente sofrem com a falta de equipamentos e armas para enfrentar criminosos na fronteira.
“Para acompanhar o deslocamento dos criminosos na área com um binóculo, hoje o policial precisa subir em árvore e ficar ali por horas. Na prática o profissional tem que enfrentar o bandido com no máximo uma arma na mão. Pela primeira vez teremos tecnologia de ponta no combate ao crime em um dos principais corredores da criminalidade no Brasil”, pontua o coronel.

Detalhamento

O veículo possui um sistema completo de monitoramento capaz de rastrear até 300 alvos simultaneamente em um raio de 15 quilômetros. O equipamento é conhecido como módulo radar. A alta tecnologia do produto, o torna também o de maior valor agregado, com custo unitário de R$ 493,813 mil. “Conseguiremos acompanhar a movimentação de ‘mulas’ e veículos”, explica o comandante.

O Coman também possui o módulo ótico-eletrônico, acionado após o radar, composto por câmeras de imagem e sensores térmicos, permite a identificação do objeto em deslocamento. “Em um raio de cinco quilômetros é possível filmar um ser humano e acompanhar sua movimentação. Já um carro de passeio pode ser filmado pela câmera em até oito quilômetros e um caminhão a 15 quilômetros”, pontua. O produto tem valor unitário de R$ 476.562 mil.

O equipamento completo é composto de um console de operação (46.905 mil cada), um sistema de potência (31.270 mil), que permite o funcionamento em qualquer frequência com gerador próprio e até oito horas sem rede elétrica, um sistema de navegação GPS (31.270 mil cada), o software (62.540 mil cada) e o sistema de comunicação, por telefone via satélite e rádio digital.

“Há um isolamento das equipes nos 750 quilômetros de fronteira seca pela falta de comunicação. Conversar com os policiais é fundamental para o desenvolvimento do trabalho em equipe e para a realização de flagrantes. Hoje trabalhamos em desvantagem em relação aos criminosos, que possuem sistema digital e conseguem se comunicar”, diz.

Pântano e cabriteiras

O Comam será instalado em veículos Land Rover customizados, especialmente preparados durante a fabricação, para receber o equipamento, com espaço para um policial operador e para mais dois policiais. “Esses carros são os mais resistentes e que exigem pouca manutenção. Chegamos a ficar até quatro dias em campana no meio do mato, sem voltar para a base”, explica Ibanez.

O fato de o carro ser de alumínio também aumenta sua durabilidade. “Andamos só em estradas de chão com buracos, serras, morros e na época de chuva, em regiões de pântano. Precisamos de um carro especial e traçado. Trabalhar na fronteira não é como trabalhar na cidade”, diz Ibanez.

O investimento na aquisição de 10 conjuntos foi de R$ 14 milhões, com acordo formal para transferência de tecnologia e o treinamento de policiais do Gefron e do Bope. A aquisição foi realizada pela Secretaria Extraordinária da Copa para atender exigências da Fifa de redução de índices criminalidade e o controle da divisa.

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